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OPERAÇÃO HERMES 09.11.2023 | 10h40

Entenda as funções no esquema de venda ilegal de mercúrio no qual filho de Mendes é citado

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Polícia Federal

Polícia Federal

A decisão da juíza Raquel Coelho Dal Rio Silveira, da Primeira Vara Federal de Campinas, sobre a representação da Polícia Federal, no âmbito da Operação Hermes, descreve como a organização criminosa funcionava. Os alvos foram divididos entre fornecedores, sócios, financiadores, compradores e operacionais. Luis Antonio Taveira Mendes, filho do governador Mauro Mendes (União), é citado como sócio de empresa acusada de comprar mercúrio contrabandeado.

 

Leia também - PF pede prisão do filho do governador; Justiça nega

 

A representação foi feita pelo delegado Dalton Marinho Vieira Junior, e aponta um prejuízo ao erário federal de mais de R$ 5 bilhões.

 

Foi apurado pela PF que a empresa Apliquim Equipamentos e Produtos Químicos LTDA., que realiza descontaminação de lâmpadas com recuperação de mercúrio, supostamente vendia mercúrio de "forma altamente suspeita, envolvendo empresas de fachada, com o escopo de 'legalizar' ('esquentar') o mercúrio que ingressa no país de forma ilegal".

 

O mercúrio ilegal chegava aos garimpos por meio do Grupo Veggi. A empresa Quimar, pertencente a Arnoldo Veggi, comercializou mais de 5 toneladas de produto em pouco mais de 24 meses.

 

Fornecedora 

Apontada como fornecedora está a empresa METALMS Industrial Brasileira de Metais LTDA., que pertence a José Carlos Morelli e Ferdinando Morelli. José Carlos teria fraudado e simulado notas fiscais de vendas para "inflacionar" o valor de seu mercúrio e, consequentemente, aumentar sua margem de lucro. A PF afirmou que tanto José Carlos, quanto Ferdinando, tinham total conhecimento da ilicitude da venda de mercúrio.

 

Sócios 

De acordo como a PF, alguns investigados aparecem como "sócios" junto a Arnoldo Veggi, entre eles estão Edilson Rodrigues de Campos e Tiago Mendonça Campos. Edilson seria um dos principais parceiros de Arnoldo nas atividades relacionadas à comercialização de mercúrio ilegal. Tiago teria sido quem ensinou Arnoldo os primeiros passos no comércio de mercúrio.

 

Além deles também aparecem como sócios:

 

- William Leite Rondon, representante legal da empresa W.R. Engenharia e Construção Eireli, que movimentou valores com empresas do grupo de Arnoldo;  

 

- Ali Veggi Atala, pai de Arnoldo e responsável pelo pedido de autorização de mercúrio junto ao IBAMA, além de supostamente atuar na coordenação da introdução de grande quantidade de mercúrio ilegal no Brasil;  

 

- Alberto Veggi Atala, que teria participação efetiva na organização criminosa, aparecendo, por exemplo, como o intermediário entre Arnoldo e os garimpeiros do Pará, sendo que, conforme investigado, em conversa com Arnoldo em junho de 2022, Arnoldo afirmou a Alberto que fez nota fiscal de bola "lá pro Aricá", mas enviou mercúrio, informando ainda que era o "garimpo do Mauro Mendes";  

 

- Edgar dos Santos Veggi, que mantinha diálogos com Arnoldo, tinha funções de gerência e participava da alta cúpula da organização criminosa, além de participar das decisões relativas às tratativas para a liberação da importação de mercúrio junto aos órgãos de controle;  

 

- Patrike Noro de Castro foi identificado como recebedor de vultuosos volumes financeiros com Arnoldo.

 

Financiadores

 

Aparecem como financiadores: José Eduardo Miranda, supostamente envolvido com lavagem de dinheiro; Juliano garruti de Oliveira, que fez transferências a empresas do Grupo Veggi; Edy Veggi Soares, tio de Arnoldo, que financiava compra de mercúrio ilegal vindo da Bolívia; Guilherme Motta Soares, que teria investido mais de R$ 600 mil; Marcelo Coelho Miranda, funcionário da Caixa Econômica Federal que teria remetido mais de R$ 175 mil a pessoas vinculadas a Arnoldo; Jeferson Dias Castedo (Jefinho), responsável pelos pagamentos e transferências das empresas do grupo; e Marcos Vinícios Taques Arruda, servidor público federal no IFMT, que teria remetido quase R$ 220 mil a Arnoldo.

 

Compradores 

Aparecem como grandes compradores:

 

- Valdinei Mauro de Souzam, conhecido como "Valdinei Garimpeiro", Ronny Moraes Costa e Salinas Gold Mineração LTDA., que em uma negociação teriam adquirido aproximadamente 345 kg de mercúrio ilegal em operações que somam quase R$ 340 mil. Valdinei e Ronny já eram clientes de Arnoldo desde antes de agosto de 2021.

 

- Filadelfo dos Reis Dias, líder do Grupo Dias, que é alvo de mais de 10 investigações da PF. Ele recebia entregas praticamente mensais de mercúrio, o que pode ter gerado um comércio ilegal de mais de 500 kg entre agosto de 2021 e novembro de 2022.

 

- Marcio Macedo Sobrinho, dono de uma mineradora e apontado como grande comprador de mercúrio ilegal.

 

- M.M. Gold Mineração, que em diversas ocasiões teria adquirido mercúrio ilegal.

 

- Marcelo Massaru / V.M. Mineração e Construção, apontada como uma das principais compradoras de mercúrio ilícito e que teria uma "sociedade" com a empresa Mineração Aricá LTDA, que tem como um dos sócios o filho do governador Mauro Mendes. Muitas compras de mercúrio ilícitas realizadas pela V.M. tiveram como destinatária real a Mineração Aricá, de acordo com a PF.

 

- Antonio Jorge Silva Oliveira, Solange Luizão Barbuio Barbosa, Marco Antonio Reis de Souza, Cooperativa dos Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto - Coogavepe.

 

- Darcy Winter, Cooperativa de Pequenos Mineradores de Ouro e Pedras Preciosas de Alta Floresta e outros municípios - Cooperalfa

 

Além dos pequenos compradores:

 

- Adão Afonso Rodui

 

- Alain Stephanie Riviere

 

- João Flávio Alves Martos / Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Ponta Lacerda

 

- Wanderley Facheti Torres / Euromáquinas Mineração

 

- Helio Covezzi / Humberto Covezzi

 

- Lysander Lima de França

 

- Orivaldo Barros, Gonçalo Barros e Catarino Barros - Mineradora Barros LTDA.

 

- Leonel Souza Volpato, Luan Cezar Souza Volpato, Sandro Sebastião Gomes da Silva, Valmir Volpato - Multi Comércio e Representações para Mineração e Agricultura LTDA.

 

- André Luis da Silva Molina

 

- Ricardo Padilla de Borbon Neves

 

- Rodolpho do Carmo Ricci

 

- João Victor Costa Soares, Vale Gold LTDA.

 

- Brubeik Garcia Nascimento.

 

Operacionais

 

Apontados como os principais operadores/funcionários de Arnoldo são: Rodrigo Castrillon Lara Veiga; André Ponciano Luiz; Fábio Vieira do Nascimento; Felix Lopez Bress; Jefferson Dias Castedo (Jefinho); Jully Anny Lima do Carmo; Tatiana Melo Vitorino. e Victor Hugo Lopez Bress.

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Comentários

João Beraldo - 14/11/2023

Marcus Taques está rico, tem apartamento de 4 milhões de reais. É pro-reitor do ifmt faz 7 anos. Ganha muito bem. A Esposa dele é diretora, ganha muito bem. É uma família de bem.

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