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Cuiabá, Quarta-feira 12/11/2025

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duplo homicídio em shopping 12.11.2025 | 10h55

Atirador diz que aceitou matar por R$ 10 mil para pagar dívidas de drogas em MG

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Josi Dias/TJMT

Josi Dias/TJMT

Atualizada às 12h30 - “Era como se esse homicídio tivesse o condão de retirar a dor de uma mãe que havia perdido o filho”, disse o delegado Nilson Farias, durante júri popular sobre os assassinatos do lojista Gersino Rosa dos Santos e o vendedor Cleyton de Oliveira de Souza Paulino. Ambos foram mortos no Shopping Popular de Cuiabá, em 2023. O crime teria sido motivado por vingança pela morte do filho da ré Jocilene Barreiro da Silva e irmão de Vanderley Barreiro da Silva. Mãe e filho teriam contratado Sílvio Júnior Peixoto para a execução.


O julgamento é realizado nesta quarta-feira (12), em Cuiabá, 11 dias antes do duplo homicídio completar dois anos.
O delegado foi a primeira testemunha a depor. Ele era titular da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e responsável pela apuração do crime. Na época, o crime causou grande comoção social, visto que ocorreu em local de grande movimentação de pessoas, ainda de dia, com as lojas abertas.


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“Foi uma cena de forte impacto. Duas vítimas caídas ao solo. No local, identificamos um projétil e duas cápsulas deflagradas. A partir disso, colhemos imagens de diversas câmeras de segurança do shopping. Com o auxílio da população, conseguimos identificar o executor, que confessou o crime e indicou os mandantes”, relatou.


Para o delegado, o crime tinha grande simbologia em tirar a dor da mãe que perdeu o filho, um jovem assassinado dias antes e que a autoria do crime foi atribuída ao comerciante, mas causou ainda mais dor.


Segundo Farias, o filho de Jocilene, Vanderley, teria conduzido toda a execução do plano. O delegado destacou que a ação, ao invés de trazer algum tipo de alívio, gerou mais dor e atingiu pessoas inocentes.


“Eles decretaram uma sentença de morte. Optaram por uma pistola 9 mm, uma arma com projétil de alta velocidade e grande poder de penetração. Quando Sílvio e Vanderley escolhem usar uma 9 mm em um local extremamente populoso, como o Shopping Popular, eles assumem o risco do resultado: aceitaram a possibilidade de atingir e matar qualquer pessoa que estivesse por perto", descreve Farias.

 

Em sua fala, o policial ainda destacou a origem cigana da família, onde a matriarca exerce grande decisão sobre as ações a família. Para ele, coube à ré dar o aval para que o folho ordenasse a execução.

 

O investigador Leonardo Conceição, que efetuou a prisão de Sílvio Júnior Peixoto, conta que primeiramente o atirador não estava no endereço obtido pela investigação. Mas depois, ele foi preso em Uberaba (MG) e confessou o crime.

 

“Ao ser abordado, ele não ofereceu resistência. Questionado sobre o motivo da prisão, passou a colaborar com a equipe e confirmou sua participação no crime”, explicou. Conceição ainda conta que Sílvio relatou que foi contratado para cometer o homicídio e que os mandantes teriam oferecido até R$ 10 mil para que ele viajasse até Cuiabá e executasse a ação. De acordo com o policial, o acusado também mencionou que possuía dívidas relacionadas a drogas na cidade onde morava, o que teria motivado a aceitação da oferta", declarou o policial.

 

Posteriormente, os mandantes Jocilene Barreiro da Silva e Vanderley Barreiro da Silva, mãe e filho, capturados em Campo Grande (MS). Eles resistiram, mas depois se entregaram. Na casa, os agentes encontraram várias armas, o que é incomum para um local com tantas crianças.

 

 

O caso
De acordo com o Ministério Público, Jocilene e Vanderley encomendaram o assassinato de Gersino. No dia do crime, o executor entrou no shopping, aproximou-se da vítima Gersino e disparou duas vezes pela nuca. O segundo projétil transpassou o corpo de Gersino e atingiu Cleyton, que estava na linha de tiro.

 

O conselho de sentença irá julgar o caso classificado como homicídio qualificado, com mandantes, executor, motivo torpe (vingança) e duplo resultado.

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