Publicidade

Cuiabá, Quarta-feira 10/12/2025

Judiciário - A | + A

ESQUEMA NA SAÚDE 16.03.2023 | 09h41

Ex-servidor cita soltura de Célio, mas desembargador nega pedido de liberdade

Facebook Print google plus

Reprodução

Reprodução

Foi negado pelo desembargador Gilberto Giraldelli, da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o pedido de soltura de Eduardo Pereira Vasconcelos, ex-servidor da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), preso no último dia 8 na segunda fase da Operação Hypnos, que tem como objetivo desarticular um esquema na Saúde do Município. A defesa citou a soltura de Célio Rodrigues para tentar o mesmo para Eduardo, mas o magistrado entendeu que a prisão foi justificada pelo risco à ordem pública.

 

Leia também - Juíza mantém bloqueio de R$ 277 mil de líder de esquema de desvios na Faespe

 

A Hypnos teve como objetivo desarticular um esquema instalado na ECSP em 2021. Eduardo era o “braço direito” do ex-secretário de Saúde Célio Rodrigues, apontado como um dos cabeças do esquema, que foi preso na 1ª fase da operação no dia 9 de fevereiro de 2023. Célio foi solto pelo Superior Tribunal de Justiça após ficar um mês preso.

 

A defesa de Eduardo entrou com habeas corpus junto ao TJMT alegando que não há risco à ordem pública em sua soltura, já que não ocupa mais cargo público. Além disso, citou a soltura de Célio.

 

“Insuficiente o apontamento da mera gravidade abstrata dos crimes praticados para justificar o decreto e manutenção da custódia provisória, notadamente porque o co-investigado Célio Rodrigues foi recentemente beneficiado com a ordem de soltura expedida pelo Superior Tribunal de Justiça”, diz trecho.

 

No pedido a defesa também justificou que os documentos apreendidos na casa de Eduardo são apenas cópias, sendo que os originais estão armazenados nos órgãos públicos competentes, e por isso não cabe o argumento de que tentou ocultar provas ou atrapalhar o trabalho investigativo. Ainda usou o argumento de falta de contemporaneidade da prisão, já que os delitos teriam ocorrido em 2021.

 

O desembargador, no entanto, não viu ilegalidade, anormalidades ou abuso de poder no decreto de prisão, que justificassem a soltura. Disse também que o mérito da questão só deve ser discutido durante o processo.

 

“Inobstante todos os argumentos empregados pelos impetrantes no intuito de desconstituir a medida segregatícia experimentada pelo paciente, num primeiro momento, parece-me que a prisão preventiva está idoneamente fundamentada no risco que o estado de liberdade do increpado representa à ordem pública e à conveniência da instrução criminal”, disse o magistrado ao negar o recurso.

 

Operação Hypnos

 

A Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) deflagrou no dia 9 de fevereiro a Operação Hypnos, que tem como objetivo desarticular um esquema instalado na Empresa Cuiabana de Saúde Pública em 2021.

 

A investigação é fruto de uma auditoria da Controladoria-Geral do Estado, que apontou indícios de desvio de dinheiro na ECSP. Depois disso, foram constatadas várias irregularidades em pagamentos, chegando ao montante de R$ 1 milhão.

 

Segundo a Deccor, tudo indica que o dinheiro foi desviado dos cofres da Saúde de Cuiabá e foi direcionado de forma indevida durante a pandemia da covid-19.

 

A apuração aponta, em tese, que foram autorizados pagamentos sem as devidas formalidades para uma empresa que seria composta por pessoas que não teriam condições de administrá-las.

 

Consta ainda que as empresas não tinham sede física ou local informado. As evidências demonstram que se trata de uma empresa fantasma e os sócios seriam laranjas.

 

Ainda, os indícios sugerem que esses pagamentos se referem à aquisição de medicamentos que não possuem, a princípio, comprovação de ingresso na farmácia da Empresa Cuiabana de Saúde Pública. Isso levanta suspeitas de que esses medicamentos, de fato, nunca teriam chegado a dar entrada no estoque da ECSP.

Voltar Imprimir

Publicidade

Comentários

Enquete

Quais os planos para o seu 13º salário?

Parcial

Publicidade

Edição digital

Segunda-feira, 08/12/2025

imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
btn-4

Indicadores

Milho Disponível R$ 66,90 0,75%

Algodão R$ 164,95 1,41%

Boi à vista R$ 285,25 0,14%

Soja Disponível R$ 153,20 1,06%

Publicidade

Classi fácil
btn-loja-virtual

Publicidade

Mais lidas

O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.

Copyright© 2022 - Gazeta Digital - Todos os direitos reservados Logo Trinix Internet

É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.