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esfaqueada por pedir separação 25.11.2024 | 14h50

Filhos detalham assassinato da mãe e juiz decide por mandar réu a júri popular

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Reprodução

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Juiz João Zibordi Lara, da 2ª Vara de Peixoto de Azevedo (691 km ao Norte), pronunciou Wendel dos Santos Silva para que seja julgado pelo Tribunal do Júri pelo feminicídio de Lediane Ferro da Silva, ocorrido em abril deste ano. A vítima foi morta na frente do filho e da enteada. Na decisão, o magistrado considerou os depoimentos deles, que relataram o momento em que Lediane foi assassinada.

 

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Wendel é alvo de uma ação penal do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) pelos crimes de feminicídio, com as qualificadoras de motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e de crime no âmbito de violência doméstica. A denúncia foi recebida em maio de 2024.

 

Uma audiência foi realizada no último dia 4 de outubro e, na ocasião, o juiz ouviu o filho de Lediane e a filha de Wendel. O acusado preferiu permanecer em silêncio. Já o MP pediu a pronúncia do réu, ou seja, que seja julgado pelo Tribunal do Júri.

 

A defesa de Wendel pediu à Justiça que fosse afastada a qualificadora de motivo torpe, pois considera que “o inconformismo com o término do relacionamento não se qualifica como torpe”.

 

Ao julgar, o caso o magistrado pontuou que, de acordo com os depoimentos e provas dos autos, a conclusão é de que Wendel deve ser pronunciado. Ele disse que embora o réu tenha permanecido calado no decorrer do processo, existe uma gravação que aponta o indício de autoria, assim como sua própria filha e o filho de Lediane confirmaram a culpa dele.

 

“K. afirmou que, no dia, a vítima ‘(...) queria que (..) fosse lá pra eles terem uma conversa saudável, pra conversar com (...) (seu) pai (…) ela começou a pedir, dizendo que não dava mais certo, e ele alegando que não iria embora da casa.(..) ele disse, depois de um tempo, que sairia, foi na despensa, pegou um copo de vidro e um alicate (…) a gente almoçou, peguei meu prato e ela foi servir a comida, ele pediu a aliança pra levar embora, e ela se negou a dar a aliança, foi aí que ele perguntou se era pra ela usar com outro, e ela respondeu que ele poderia usar com outra. Foi aí que ele pegou a faca e foi pra cima dela (…)”, foram os relatos da enteada de Lediane, de acordo com o juiz.

 

“No mesmo sentido foi o depoimento de G., o qual asseverou: (…) Eu tinha chegado da escola, fui me arrumar pra trabalhar, estava no meu quarto (…) eles estavam conversando, parecia um término, ouvi a filha dele gritar, fui lá fora e vi tudo (…) a noite eles discutiam, eles sempre discutiam”, foi o depoimento do filho da vítima, segundo o magistrado.

 

O juiz entendeu que as qualificadoras indicadas pelo Ministério Público não são infundadas e rejeitou o pedido da defesa. Ele então pronunciou Wendel dos Santos Silva para que seja submetido a julgamento perante o Tribunal do Júri.

 

Feminicídio
O crime que vitimou Leidiane Ferro da Silva, de 43 anos, ocorreu por volta de 12h40, na residência do casal, no centro antigo de Peixoto de Azevedo. A vítima foi atingida por vários golpes de faca pelo seu companheiro, quando servia sua refeição na cozinha da casa.

 

O filho e a enteada da vítima presenciaram o crime e buscaram ajuda, porém a mulher não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

 

Leidiane já havia sido vítima de violência doméstica anteriormente. Um vídeo gravado por uma câmera de segurança mostra a mulher sendo estrangulada até perder a consciência, além de ter sido ameaçada com uma faca pelo suspeito.

 

O caso ganhou grande repercussão e comoção nas redes sociais devido à frieza do assassino e da brutalidade no crime.

 

No Instagram, a deputada estadual Janaína Riva (MDB) divulgou imagens de Wendel, que estava foragido, e fez apelo pelo controle da violência contra a mulher no estado.

 

No dia 19 de abril o suspeito se apresentou na Delegacia de Terra Nova do Norte, ocasião em que já estava com mandado de prisão preventiva decretado pela Justiça.

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