ENFRENTA TRIBUNAL DO JÚRI 03.10.2025 | 07h10
mariana.lenz@gazetadigital.com.br
Reprodução
José Edson Douglas Galdino Santos, réu por matar a companheira Lorrane Cristina Silva de Lima e deixar os filhos da vítima trancados com o corpo em casa por dias, será julgado nesta sexta-feira (3) a partir das 9h, na comarca de Diamantino (208 km a médio-norte de Cuiabá). Pesa contra ele o crime de feminicídio e violência doméstica e também as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, homicídio praticado na presença física de descendente da vítima, ocultação de cadáver, estupro e ainda abandono de Incapaz.
Ao longo da tramitação do processo sua prisão preventiva foi mantida por diversas vezes, dado que sua liberdade apresentava risco a garantia da ordem pública e risco de reiteração do crime, além da "repercussão do crime, insegurança e sensação de impunidade ante a prática delituosa", como foi pontuado pela juíza da Vara Criminal de Diamantino, Janaína Cristina de Almeida, em sua pronúncia ao Tribunal do Júri.
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De acordo com a denúncia do Ministério Público (MPMT), o crime ocorreu entre os dias 11 e 12 de março de 2024, na residência do casal, no bairro Pedregal, em Diamantino. Movido por ciúmes, o réu teria golpeado Lorrane com uma faca por 12 vezes, causando a morte da vítima por choque hemorrágico.
O ataque aconteceu enquanto a mulher estava em trajes íntimos, o que, segundo o Ministério Público, a deixou totalmente indefesa diante da violência. Ainda segundo a acusação, Lorrane também foi vítima de violência sexual antes de ser morta. Laudos periciais apontam indícios de estupro praticado por José Edson.
Os dois filhos da vítima, de 5 e 7 anos, presenciaram parte do crime e permaneceram na casa com o corpo da mãe por cerca de dois dias. O réu teria trancado a residência, saído alegando que compraria remédios e orientado as crianças a não saírem do imóvel.
A situação só veio à tona quando a diretora da escola das crianças, preocupada com a ausência delas, foi até a casa e ouviu de um dos meninos que a mãe estava “dormindo” e que o “tio” havia saído. A Polícia Militar foi acionada e encontrou o corpo já em decomposição ao lado da arma usada no crime.
Durante interrogatório extrajudicial, José Edson confessou a prática do feminicídio e deu detalhes do crime. O Ministério Público sustenta que ele agiu por motivo torpe, movido por ciúmes e pela recusa de Lorrane em permitir acesso ao celular e pela intenção de encerrar o relacionamento. Após a morte ele ainda utilizou o dedo da vítima para desbloquear o aparelho celular.
O júri popular irá decidir se o réu será condenado por feminicídio qualificado, estupro, ocultação de cadáver e abandono de incapaz.
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