Homem que matou vítima que ameaçou seu pai de morte é condenado pelo júri

Jorlandio Cavalcante de Oliveira foi condenado pelo Tribunal do Júri de Cuiabá a 4 anos e 8 meses de prisão, em regime semiaberto, pelo homicídio de Everson Leandro da Silva e pela tentativa de homicídio de W.P.R. ocorrida no ano de 2011. Junto com um comparsa, Jorlandio matou a vítima a tiros e quase matou W.P.R., que estava junto. Ele disse que apenas tentou matar Everson, que tinha tentado atirar contra seu pai.

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O julgamento ocorreu na última terça-feira (27). Na decisão consta que Jorlandio e seu comparsa só não mataram W.P.R. “por circunstâncias alheias à vontade dos acusados, visto que o projétil acertou o antebraço direito da vítima”. Em depoimento após ser preso o autor do crime disse que sua intenção não era matar a outra vítima, apenas Everson.

No julgamento foi considerado que a culpabilidade de Jornandio, com relação à morte de Everson, “é acentuada, ante o excessivo número de disparos efetuados contra a vítima (6), dos quais 4 a atingiu”.

O Conselho de sentença reconheceu a materialidade do crime, a autoria do acusado, mas não reconheceu a qualificadora de motivo torpe, considerando que ele “agiu sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida à injusta provocação da vítima”, assim como rejeitou a qualificadora de recurso que dificultou a defesa.

“O comportamento da vítima contribuiu para a prática do crime, ao agredir fisicamente e ameaçar o genitor do acusado, o que segundo o Conselho de Sentença configurou o homicídio privilegiado pela injusta provocação da vítima”, diz trecho da sentença.

Assim, Jorlandio Cavalcante de Oliveira foi condenado a 4 anos e 8 meses de prisão, em regime semiaberto, com direito a recorrer da decisão em liberdade.

O caso
De acordo com os autos o crime ocorreu por volta das 19h do dia 20 de janeiro de 2011 no bairro Três Barras.

O assassinato teria ocorrido por vingança, já que naquele mesmo dia, horas antes, um homem identificado como Everson teria se desentendido com o pai de Jorlandio. W.P.R. era amigo de Everson e estava com ele na hora do crime. O suspeito e um comparsa mataram a vítima com disparos de arma de fogo e feriram o amigo dele.

Após ser preso Jorlandio confessou. Ele disse que Everson tinha tentado atirar contra seu pai. Contou que já tinha comprado uma arma porque o homem queria lhe matar. Relatou também que, no dia dos fatos, quando chegou em casa e viu seu pai ensanguentado, decidiu ir à casa de Everson para matá-lo.

Disse ainda que quando chegou à residência encontrou Everson com a esposa dele e lá também estava W.P.R. e a companheira dele.