nova desembargadora 26.05.2025 | 12h23
allan@gazetadigital.com.br
Alair Ribeiro/TJMT
Juíza Juanita Cruz da Silva Clait Duarte se emocionou durante o discurso de posse como desembargadora do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) na manhã desta segunda-feira (26). Eleita pelo critério de antiguidade, ela assumiu a vaga deixada com a aposentadoria da desembargadora Maria Aparecida Ribeiro.
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Durante seu discurso de posse, Juanita se emocionou ao citar os desafios enfrentados ao longo da carreira e fez questão de agradecer à família, colegas da magistratura e amigos que a apoiaram nos momentos mais difíceis. “Com humildade, senso de responsabilidade, proteção de Deus, da existência e da espiritualidade maior, assumo hoje, perante essa corte, a sociedade, que dela espera Justiça, o honroso cargo de desembargadora. Este não é só um marco na minha trajetória profissional, mas sim o momento da profunda reflexão. Recordo com respeito e afeto a comarca por onde passei”, afirmou.
Ela também destacou o apoio que recebeu durante o período em que esteve fora da magistratura por conta das investigações do caso que ficou nacionalmente conhecido como “Escândalo da Maçonaria”. Em 2012, ela e outros magistrados foram punidos com aposentadoria compulsória pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
“Gratidão aos amigos que me encorajaram nos momentos difíceis e vibraram com meu retorno, pois sempre acreditaram na Justiça. ”, citou.
Escândalo e retorno ao Judiciário
Juanita Duarte ficou 12 anos afastada do Judiciário. A denúncia do Ministério Público apontava um esquema ocorrido em 2004, quando o então presidente do TJMT, desembargador José Ferreira Leite, que também era grão-mestre da loja maçônica Grande Oriente de Mato Grosso (GOE-MT), liderou um grupo de magistrados ligados à maçonaria para socorrer financeiramente uma cooperativa de crédito, o Sicoob, ligada à instituição. O esquema teria envolvido empréstimos de magistrados e a liberação de verbas supostamente devidas pelo tribunal, que acabaram transferidas para a maçonaria, gerando um prejuízo estimado em R$ 1 milhão.
Apesar da punição, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou sua reintegração ao cargo em novembro de 2022, com direito ao pagamento dos valores acumulados durante o período de afastamento. Juanita retomou as funções em janeiro de 2025 e, atualmente, aos 66 anos, contabiliza 33 anos de dedicação ao Judiciário.
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