gestão 2013/2020 23.08.2022 | 17h17
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Chico Ferreira
O juiz da 7ª Vara Cível de Cuiabá, Yale Sabo Mendes, deu 15 dias para que ex-diretores da Associação de Cabos e Soldados da Policia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso prestem contas sobre suposto uso indevido de recursos. Uma auditoria realizada pela atual gestão, presidida por Laudicério Machado, apontou “rombo” de mais de R$ 2,4 milhões e emissão de notas frias em nome de empresas ligadas aos vereadores de Cuiabá, Didimo Vovô e Sargento Joelson, candidato a deputado federal e que esteve como vice-presidente da Associação.
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Os indícios de irregularidades identificadas são referentes aos anos de 2013 a 2020, período em que a ACS esteve sob a gestão de Adão Martins da Silva e ainda teve na direção Edilelson da Silva Nazário (Secretário Geral 2013/2017 e vice presidente 2017/2021), Gumercindo Rosa Pereira (Ex-diretor Financeiro), Danilo Jorge da Cruz Coelho (Vice-Diretor Financeiro 2013/2017) e Marcus Vinícius Castro de Arruda (Vice Diretor Financeiro 2017/2021).
“O que causou bastante estranheza foi a constatação de que o montante de R$ 2.421.273,02 (dois milhões, quatrocentos e vinte e um mil, duzentos e setenta e três reais e dois centavos) foi gasto com a apresentação de documentos inidôneos sem que comprovassem realmente a origem a qual o valor foi empregado”, diz trecho da petição.
Além da ação na 7ª Vara Cível, a assessoria jurídica da ACSPMBM apresentou notícia crime ao Ministério Público do Estado (MPMT) ainda na semana passada. No documento conta que a auditoria apontou que uma das notas frias foi no montante de R$ 80 mil.
“Em análise minuciosa ao descrito no relatório da auditoria contábil anexo, item 3.2.7, alínea C, Silvio Bem Hur – Construtora Nova Semente, foi possível constatar a existência de NOTA FISCAL FRIA, ou seja, no relatório contábil constatou-se o desconto do cheque nº 852073 datado de 23/12/2019 e a nota fiscal foi emitida no dia 20/04/2020 e cancelada no mesmo dia”, afirma a denúncia feita ao MPMT, que foi distribuída à promotora Daniele Crema da Rocha de Souza, da Promotoria Militar.
Caso os ex-membros da diretoria não apresentem a contestação da ação com a prestação de contas dentro do prazo de 15 dias, o magistrado alerta em sua decisão que poderão ser julgados à revelia, ou seja, considerando apenas os apontamentos realizados pela assessoria jurídica da Associação.
Ameaças
A auditoria nas contas da gestão anterior foi promessa de campanha da chapa que venceu as eleições da Associação em 2020. Mas situação não foi aceita com tranquilidade e o presidente, Laudicério Machado, à época recém-eleito, chegou a registrar boletim de ocorrência após alegar ter sofrido ameaças, que voltou a ocorrer após formalizar a denúncia às autoridades.
“É preciso evidenciar que apenas estamos cumprindo com o que determina a lei e as regras de boa conduta que devem seguir toda pessoa que assume qualquer cargo eleito. Vamos continuar trabalhando pela categoria que representamos e sobre o resultado da auditoria, tudo está nas mãos do Judiciário e do Ministério Público. Cumprimos com nossa promessa e nossa obrigação”, declarou o presidente.
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