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EX-PRESIDENTE PRESO 30.10.2024 | 17h24

Juiz determina nova perícia para avaliar ‘rombo’ de R$ 400 milhões na Unimed

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João Vieira

João Vieira

Atualizada às 17h39 - Na decisão em que recebeu a denúncia contra 6 integrantes da ex-gestão da Unimed Cuiabá, o juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, determinou a realização de uma nova perícia para verificar o prejuízo de R$ 400 milhões no balanço patrimonial da operadora em 31 de dezembro de 2022. A Polícia Federal cumpriu mandados contra os suspeitos nesta quarta-feira (30). O ex-presidente da Unimed, Rubens de Oliveira Júnior, passa por audiência de custódia nesta tarde.

 

Leia também - Advogado de ex-presidente da Unimed cita guerra política e diz que prisão é injustificada

 

A Operação Bilanz, que apura o rombo de R$ 400 milhões na Unimed, foi deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira, mas a decisão do juiz federal Jeferson Schneider que recebeu a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra os 6 suspeitos foi proferida no último dia 6 de outubro.

 

Na ocasião, ele analisou um pedido do MPF para que fosse realizada uma nova prova pericial de natureza técnico-contábil. A auditoria que identificou o rombo de R$ 400 milhões foi feita empresa PP&C Auditores Independentes, contratada pela atual gestão da Unimed Cuiabá.

 

A defesa de Rubens, patrocinada pelo advogado Marlon Latorraca, questionou o valor apontado e disse que o ex-presidente da cooperativa já vinha pedindo a realização de uma nova perícia para saber se houve, ou não, este déficit. O magistrado da 5ª Vara Federal aceitou o pedido do MPF.

 

“Defiro a realização de laudo pericial, que ficará a cargo do Departamento de Polícia Federal. Para tanto, a Secretaria do juízo deverá habilitar o Departamento de Polícia Federal para que tenha acesso ao acervo de documentos que acompanha a denúncia”.

 

Irregularidades da antiga gestão
Em março de 2023, após uma disputa eleitoral histórica na qual os cooperados elegeram o médico urologista Carlos Bouret para presidir a Unimed Cuiabá, deu-se início à descoberta de uma série de anormalidades que estavam sendo cometidas pela gestão anterior, que tinha como presidente o médico Rubens de Oliveira.

 

Além de Rubens, que era o presidente, a ex-gestão era composta pelo ex-CEO, Eroaldo Oliveira, e o ex-presidente do Conselho de Administração, João Bosco Duarte.

 

Em 27 de junho, os cooperados reunidos em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) tiveram conhecimento dos resultados apresentados pela auditoria, PP&C Auditores Independentes, quanto ao balanço revisado. Conforme relatório, existia uma perda de aproximadamente R$ 400 milhões no balanço fiscal de 2022, contrapondo os R$ 371,8 mil positivos que haviam sido apresentados pela gestão anterior.

 

As irregularidades apontadas pela auditoria contratada evidenciaram uma administração incorreta, que comprometeu a saúde financeira da Unimed Cuiabá. Dentre pontos críticos estavam a construção de dois empreendimentos - a sede do hospital próprio e um espaço de cuidados terapêuticos - que custaram R$ 95 milhões e não foram entregues em sua totalidade.

 

Rubens foi preso pela Polícia Federal, em Cuiabá, na manhã desta quarta-feira (30) e prestou depoimento. Já durante a tarde ele passou por audiência de custódia.

 

Nota da atual gestão da Unimed

A Unimed Cuiabá informa que, nesta quarta-feira (30), o Ministério Público Federal e Polícia Federal deflagraram a Operação Bilanz, destinada a investigar fraudes contábeis e fiscais e outros delitos que teriam sido cometidos por ex-gestores e ex-funcionários da Cooperativa.

 

Em 31 de julho de 2023 a cooperativa apresentou ao MPF uma notícia-crime acompanhada de provas robustas das irregularidades cometidas no balanço contábil de 2022. Foi iniciada a investigação e, desde o início, a Unimed Cuiabá adotou postura colaborativa com as autoridades, enviando informações e documentos que foram imprescindíveis para a atuação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal.

 

Dentre as informações enviadas pela Unimed Cuiabá estava o balanço contábil revisado da Cooperativa, que apresentava fraude fiscal de mais de R$ 400 milhões, e que foi devidamente auditado durante as investigações por peritos da Procuradoria Geral da República.

 

Com o compromisso de transparência e integridade, a Unimed Cuiabá formalizou um Acordo de Leniência com o Ministério Público Federal, reforçando seu empenho em corrigir irregularidades e fortalecer as práticas de governança e conformidade.

 

O Acordo de Leniência, que foi devidamente homologado pela 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF , além de cooperar com informações cruciais para que o MPF e a PF dessem andamento às investigações.

 

A Unimed Cuiabá reafirma seu compromisso com a ética e a excelência na prestação de serviços de saúde à comunidade mato-grossense, reiterando que o atendimento em nossa rede prestadora permanece integralmente disponível, sem impacto para nossos clientes, cooperados e prestadores de serviços.

 

Diretoria Executiva E Conselho de Administração
Unimed Cuiabá – Cooperativa de Trabalho Médico

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