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sem RISCO À INVESTIGAÇÃO 30.10.2024 | 16h05

Advogado de ex-presidente da Unimed cita guerra política e diz que prisão é injustificada

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Divulgação

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Marlon Latorraca, advogado do ex-presidente da Unimed Cuiabá, Rubens de Oliveira Júnior, disse que a prisão e a operação contra o médico foi motivada por uma “guerra política” na cooperativa. Ele avalia que “prisão é uma medida muito extrema” e não se justifica neste caso, já que Rubens não oferece risco à investigação. Latorraca também colocou em dúvida se houve, de fato, o rombo de R$ 400 milhões na cooperativa.

 

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Rubens de Oliveira Júnior é um dos alvos da Operação Bilanz, deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (30), que apura um déficit de R$ 400 milhões na Unimed Cuiabá. Além dele também estão presos Ana Paula Perizotto e Eroaldo Oliveira. Rubens foi surpreendido em sua casa, em Cuiabá, às 5h30.

 

De acordo com o advogado Marlon Latorraca, o processo corre em segredo de Justiça e nem mesmo a defesa tinha conhecimento de todas as acusações. Apesar disso, ele afirmou que a prisão não é justificável.

 

“A gente estranhou muito essa questão, principalmente da prisão provisória. A busca e apreensão eu acho que é um ato até normal, de se buscar HDs, telefones, etc, mas a prisão provisória eu acho que é uma medida muito extrema, que só poderia ser concedida se acaso tivesse alguns desses elementos (...), se estivesse ameaçando testemunhas, estivesse produzindo provas contra o inquérito policial, mas nada disso foi feito”, pontuou.

 

O advogado destacou que o juiz federal que decretou a medida, Jeferson Schneider, sempre é bastante técnico em suas decisões, no entanto Latorraca considera que houve um exagero nas prisões.

 

“A prisão é provisória, é de 5 dias, só que eu acho que nem essa prisão provisória de 5 dias se justifica, porque poderiam muito bem chamá-lo aqui (...), ele poderia dar a versão dos fatos. (...) Muito precipitada, a gente tem certeza que a gente consegue derrubar”, garantiu.

 

Na manhã de hoje (30), Latorraca disse que ainda não teve acesso à decisão, mas sabe que esta ação foi motivada por uma “guerra política” na cooperativa.

 

“É preciso que se diga que tudo isso gira em torno de um suposto déficit de R$ 400 milhões na Unimed. O doutor Rubens e a doutora Susana a todo o tempo buscam a perícia para que efetivamente se verifique se houve ou não esse déficit (...). Que é uma guerra política nós já sabemos há muito tempo. A grande questão é a realização de uma perícia para que a gente possa constatar se efetivamente houve ou não esse déficit”, afirmou.

 

O advogado ainda alegou que não está sendo respeitada a presunção da inocência de Rubens, assim como ele não teve o direito ao contraditório e à ampla defesa.

 

Esquema na mira
A Unimed Cuiabá – que é a operadora de saúde suplementar de maior abrangência do Estado, com 220 mil usuários, possuindo 60% de market share e tendo 1.381 médicos cooperados – descobriu um prejuízo contábil de R$ 400 milhões.

 

Em março de 2023, após uma disputa eleitoral histórica na qual os cooperados elegeram o médico urologista Carlos Bouret para presidir a Unimed Cuiabá, deu-se início à descoberta de uma série de anormalidades que estavam sendo cometidas pela gestão anterior, que tinha como presidente o médico Rubens de Oliveira.

 

Além de Rubens, a ex-gestão era composta pelo ex-CEO, Eroaldo Oliveira, e o ex-presidente do Conselho de Administração, João Bosco Duarte.

 

Em 27 de junho, os cooperados reunidos em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) tiveram conhecimento dos resultados apresentados pela auditoria, PP&C Auditores Independentes, quanto ao balanço revisado. Conforme relatório, existia uma perda de aproximadamente R$ 400 milhões no balanço fiscal de 2022, contrapondo os R$ 371,8 mil positivos que haviam sido apresentados pela gestão anterior.

 

As irregularidades apontadas pela auditoria contratada evidenciaram uma administração incorreta, que comprometeu a saúde financeira da Unimed Cuiabá. Dentre pontos críticos estavam a construção de dois empreendimentos - a sede do hospital próprio e um espaço de cuidados terapêuticos - que custaram R$ 95 milhões e não foram entregues em sua totalidade.

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Comentários

André Machado Pinho - 31/10/2024

Corre a boca pequena que a UNIMED segue aparelhada por dentro sob o comando da EQUIPE DE TI DA UNIROLO, os desvios de dinheiro são ENCOBERTOS, o EX e o atual gerente de TI (toda equipe de TI), é parte integrante do time CRIMINOSO. Fique atenta PF e MPF a TI está envolvida diretamente nos rolos, nos roubos milhionários, nos golpes!!!

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