'SEM FATOS PARA REVOGAR' 29.09.2025 | 18h30
mariana.lenz@gazetadigital.com.br
Reprodução
A juíza da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, Monica Catarina Perri Siqueira, manteve a prisão do policial militar Heron Teixeira Pena Vieira, réu por envolvimento na morte do advogado Renato Gomes Nery, executado em frente a seu escritório em julho de 2024. O PM apontado como intermediário foi pronunciado em agosto deste ano para ser julgado pelo Tribunal do Júri, junto do caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, executor do crime.
Conforme consta na decisão, não foram avistados novos fatos que pudessem revogar a prisão preventiva de Heron, mantendo sua prisão. "Nos termos do artigo 316, parágrafo único, do CPP, reanalisei os autos acima mencionados, especificamente quanto aos fundamentos da prisão cautelar do(s) réu(s), e constatei que não houve nenhum fato novo capaz de revogá-la(s), razão pela qual a ratifico integralmente nos termos da decisão de pronúncia. Procede-se o Sr. Gestor a inclusão do nome do acusado na Planilha de Prisões do CNJ”, decidiu.
Além disso, foi determinado que tanto a defesa quanto acusação apresentem o rol de testemunhas com endereços e telefones atualizados para que sigam os trâmites processuais.
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O crime ocorreu em 5 de julho de 2024, quando Renato Nery foi baleado, na avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá, quando chegava em seu escritório. Segundo a investigação, o homicídio teria sido encomendado por R$ 200 mil em meio a uma disputa judicial por terras. O casal de empresários César Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos foi apontado como mandante do assassinato. O policial Heron, teria contratado Alex para executar o crime.
Durante o interrogatório, Alex confessou ter sido o autor dos disparos e relatou passar por “muitos problemas pessoais e dívidas”, sofrendo ameaças de agiotas, circunstâncias que o levaram a aceitar a proposta de Heron para executar o crime. Além disso, Alex admitiu ter retornado à chácara onde morava para queimar roupas e o capacete usados na execução, numa tentativa de eliminar provas.
Já Heron Teixeira Pena Vieira não confessou a execução, mas admitiu ter atuado como intermediário. Em interrogatório, declarou ter recebido a proposta de crime do também policial militar Jackson Pereira Barbosa e repassado ao caseiro Alex, que aceitou a empreitada. Testemunhas ainda apontaram que o policial Heron auxiliou na logística do crime e participou de tentativas de ocultação de provas.
Os réus seguem presos até o julgamento, onde responderão por homicídio qualificado, além de fraude processual, abuso de autoridade e participação em organização criminosa.
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