estão com a família materna 06.06.2025 | 14h42
redacao@gazetadigital.com.br
Serginho Lapada
A desembargadora Serly Marcondes Alves, da 4ª Câmara de Direito Privado, negou o pedido da familiares do policial militar Ricker Maximiano de Moraes, 33, para ficar com a guarda dos filhos do agente preso, duas crianças de 3 e 5 anos. Atualmente, a avó materna, Noemi Daniel, é responsável legal dos menores. Os parentes alegaram que a mudança abrupta de casa poderia causar traumas psicológicos nos menores, mas a desembargadora entendeu que estar próximo da mãe de Gabrielli Daniel de Moraes, 31, é uma forma de não revitimizar as crianças. O PM está preso desde o dia 26 de maio, acusado de matar a esposa a tiros na casa em que a família residia, em Cuiabá.
Ao , a advogada Vivian Arruda Pedroni explicou que a família do policial tentou argumentar de diversas formas para que os menores voltassem a morar com os avós paternos em Cuiabá, após decisão que garantiu a guarda à Noemi Daniel, mãe de Gabrielli.
“Um dos argumentos é que a mudança abrupta de domicílio, imposta pelo juiz de primeiro grau, foi precipitada, porque a entrega dos menores avó materna pode desencadear traumas psicológicos, instabilidade emocional e prejudicar a adaptação das crianças”, explicou.
Leia também - Policial preso por matar a esposa é indiciado por feminicídio
Em decisão de quinta-feira (5), a desembargadora afirmou que analisou os argumentos, mas que não encontrou fundamentos para que a guarda dos menores voltasse para a família paterna.
“Ela disse que a decisão de primeiro grau estava suficientemente motivada e pautada na proteção integral dos menores, com base em ele elementos concretos. O que justificou a concessão da guarda provisória para avó materna como forma de evitar uma possível revitimização e preservar o bem-estar psicológico das crianças em razão da morte da mãe”.
Como já noticiado pelo , Noemi Daniel conseguiu a guarda provisória dos netos de 3 e 5 anos, na noite da segunda-feira (2). No dia seguinte, ela foi até a casa dos pais de Ricker e levou as crianças para o Pará, onde toda a família materna reside.
O caso
Passava das 17h20, do dia 25 de maio, quando a polícia foi acionada para uma ocorrência de feminicídio no bairro Praeirinho. Quando a equipe chegou, encontrou o corpo de Gabrieli na cozinha da casa.
A morte já tinha sido confirmada pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ela estava ferida com 3 tiros de calibre.40. Uma testemunha contou que não ouviu nenhuma briga, apenas os disparos de arma de fogo. Depois, saiu na rua e viu o policial fardado saindo de casa com os dois filhos.
Ricker Maximiano de Moraes, 33, matou a esposa Gabrielli Daniel de Moraes, 31, com 3 tiros, sendo um na cabeça, um na barriga e outro na perna. Após o crime ele saiu levando os filhos no colo, os deixou na casa dos pais, assim como a arma utilizada para matar a esposa, e trocou de carro com a irmã. Foi somente no dia seguinte que ele se apresentou à polícia.
Nesta quarta-feira (4), ele foi indiciado por feminicídio após a conclusão do inquérito policial.
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