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Cuiabá, Quarta-feira 12/11/2025

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MÃE FICOU EM SILÊNCIO 12.11.2025 | 18h31

Mandante alega que tentou desistir de duplo homicídio, mas atirador recusou ligação

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Josi Dias /TJMT

Josi Dias /TJMT

Em depoimento durante julgamento pelas mortes do lojista Gersino Rosa dos Santos e o vendedor Cleyton de Oliveira de Souza Paulino, executados a tiros no Shopping Popular em 2023, um dos réus, o mandante Vanderley Barreiro da Silva, alegou que se arrependeu. No banco dos acusados, narrou que, nos minutos seguintes a ida do executor até o local do crime, ainda tentou ligar e pedir para recuar, mas o homem não atendeu o celular. Já a mãe dele, Jocilene Barreiro, demonstrou confusão mental ao responder perguntas, chorou e optou por ficar em silêncio.

 

Em meio a oitiva, Vanderley limitou-se a responder somente ao que era perguntado. Questionado sobre como conheceu Sílvio, o executor, relatou que comentou com ele sobre a morte de seu irmão e confessou que não tinha “coragem” para matar o responsável pelo crime. Disse que Sílvio teria dito que teria tal coragem. Ele reafirmou que tinha certeza de que a vítima Gersino era o autor da morte de seu irmão.

 

Leia também - Em júri, réu diz que quis desistir, mas era 'matar ou morrer' diante de ameaça de mandante

 

Ao mencionar o irmão, Vanderley se emocionou e disse que era muito apegado a ele e que estava cansado de ver sua mãe sofrendo com a perda. O réu ainda tentou isentar a mãe da responsabilidade sobre o crime e alegou que jamais tratou do assunto com ela. Ele explica que pediu para Sílvio vir a Cuiabá, mas que a mãe resolveu vir junto. “Minha mãe veio mais eu, e na estrada veio conversando comigo para que eu não fizesse o crime. [...] Lá em casa eu falei: deixa que eu vou resolver (sic)”, diz. 

 

Já no dia do crime, após chegar a Cuiabá em novembro de 2023, Vanderley disse que ficou pensativo sobre a execução, mas, mesmo assim, seguiram até o Shopping Popular. Lá, Sílvio desceu do carro e afirmou que iria cometer o crime. Vanderley alegou que enviou uma mensagem pedindo para que o atirador recuasse, mas não recebeu resposta. Na sequência, conta que recebeu uma ligação em que Sílvio informou o que havia acontecido. Com isso, Vanderley disse que não iria pagá-lo e aduz que teria sido ameaçado. 


O réu ainda negou ter feito qualquer depósito para Silvio e mantido novo contato com o executor. Indagado sobre como agiria hoje diante da mesma situação, Vanderley citou que seria diferente. Na sequência, relatou que, quando fez o primeiro contato com Sílvio, este estava em Uberlândia, enquanto ele morava em Campo Grande. 

 

Vanderley afirmou que não pagou pelo homicídio, mas enviou dinheiro apenas para que Sílvio pudesse viajar e encontrá-lo. Ao contrário do que foi relatado por Sílvio em seu depoimento ao longo do júri, Vanderley diz que Sílvio não tinha nenhuma dívida com ele.

 

Com o depoimento encerrado, a idosa Jocilene Barreiro foi chamada a depor. Porém, a mulher demonstrou confusão ao receber perguntas da magistrada Mônica Catarina Perri e disse não saber sua idade e nem sua data de nascimento. Relatou que morava no Maranhão, mas não se recorda por quanto tempo, assim como não consegue precisar o período em que viveu em Campo Grande.

 

A juíza então a informou sobre o direito de permanecer em silêncio e Jocilene se emociona neste momento, começa a chorar e diz que não deseja prestar depoimento. Com isso, seu interrogatório é encerrado. 

 

O julgamento

O trio Jocilene Barreiro da Silva, Vanderley Barreiro da Silva, e Sílvio Júnior Peixoto são julgados nesta quarta-feira (12) pelas mortes do lojista Gersino Rosa dos Santos e o vendedor Cleyton de Oliveira de Souza Paulino, que trabalhavam no Shopping Popular. O julgamento acontece 11 dias antes do crime completar dois anos. O julgamento é conduzido pela juíza titular da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, Mônica Catarina Perri Siqueira e integra as ações do Mês Nacional do Júri. 

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