27.07.2018 | 10h00
Cinco militares acusados de participar de um esquema de interceptação telefônica clandestina, que ficou conhecido como “grampolândia pantaneira”, devem depor na audiência de instrução marcada para as 13h30 desta sexta-feira (27), na 11ª Vara Criminal Militar de Cuiabá.
Na ocasião, o juiz Murilo de Moura Mesquita ouvirá os coronéis da Polícia Militar (PM) Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Ferraz Lesco, Ronelson Jorge de Barros, o tenente-coronel Januário Antônio Edwiges Batista e o cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior.
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João Vieira![]() Coronel Zaqueu pediu para não ser interrogado hoje |
Antes disso, porém, o magistrado deve analisar e julgar o pedido feito pela defesa do coronel Zaqueu para que ele não deponha no ato, mas em data posterior. A alegação é de que ele estaria sofrendo com uma hérnia inguinal e cisto de cordão espermático direito. Ele passaria por cirurgia na quinta-feira (26), mas o procedimento foi cancelado a pedido do paciente para que não faltasse à audiência.
Porém, como o coronel continua sentindo fortes dores, não estaria em condições de prestar o depoimento e pediu que seja ouvido somente após a cirurgia, que ainda não tem data marcada. Zaqueu terá que comparecer ao ato e saber na ocasião a resposta do juiz.
As audiências do caso dos grampos ilegais estavam suspensas desde o início de abril, por conta de dois pedidos da defesa do cabo Gerson junto ao Tribunal de Justiça, apontando suspeição de dois coronéis membros do conselho de justiça e outro que contestava a formação do colegiado, composto pelos coronéis Elielso Metelo de Siqueira, Valdemir Benedito Barbosa, Luís Claudio Monteiro da Silva e Renato Antunes da Silveira Júnior, que juntamente com o juiz Murilo Mesquita, julgam a ação penal.
O julgamento do último habeas corpus foi julgado pelo TJ no dia 13 de junho e o processo foi retomada na primeira instância.
Os grampos
Reportagem do programa "Fantástico", da Rede Globo, revelou na noite de 14 de maio de 2017 que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime.
A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (MDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles eram apenas alguns dos “monitorados”.
O esquema de “arapongagem” já havia vazado na imprensa local após o início da apuração de Fantástico.
Os grampos foram obtidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.
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