Empresa cuiabana de saúde 30.11.2018 | 15h36
redacao@gazetadigital.com.br
Chico Ferreira
Prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) foi notificado para rescindir de forma imediata todos os contratos temporários firmados este ano pelo Empresa Cuiabana de Saúde Pública que é responsável pela administração do Hospital São Benedito e pode vir a fazer a gestão também do novo Pronto-Socorro previsto para ser entregue no final de dezembro. A notificação partiu do Ministério Público Estadual (MPE) sob pena de propositura de ação civil na Justiça caso a "orientação" seja ignorada.
A notificação foi expedida na última quarta-feira (28) e, após o recebimento, Pinheiro e o ex-vereador Oséas Machado de Oliveira, que é diretor-presidente da Empresa Cuiabana de Saúde, terão 10 dias corridos para informar o Ministério Público se acatarão, ou não, as recomendações.
Conforme o promotor de Justiça Célio Fúrio, que atua na 35ª Promotoria de Justiça do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público de Cuiabá, as contratações foram realizadas a partir de processos seletivos simplificados, que foram sistematicamente renovados ou substituídos por outros, em afronta às regras constitucionais. Ou seja, o correto é lançar concurso público.
“Para justificar contratações temporárias é necessário que se indique, com precisão as situações que reflitam anormalidades, à altura de justificar a alternativa da contratação direta que constitui-se em exceção à regra do concurso público. Qualquer decisão administrativa em contrário viola a regra constitucional da excepcionalidade do interesse público”, destacou Célio Fúrio.
Enfatiza ainda que por ser pessoa jurídica de direito público, a Empresa Cuiabana de Saúde Pública integra a administração indireta do Município de Cuiabá e que, portanto, está sujeita às regras de direito administrativo. Ou seja, os seus empregados devem ser contratados mediante concurso público.
Na notificação, que também foi encaminhada ao diretor-presidente da Empresa Oséas Machado, o promotor Célio Fúrio recomenda que não sejam efetuadas novas contratações temporárias. Deverão ainda se abster de efetuar qualquer remuneração, a partir desta data, aos empregados públicos contratados temporários ilegalmente no ano de 2018.
“O não cumprimento da lei, após notificação recomendatória, demonstra o caráter inequívoco e certo, bem como o desejo livre e consciente de manutenção da ilegalidade e imoralidade verificadas e pontuadas, não podendo ser alegado futuramente o não conhecimento ou interpretação equivocada aos ditames legais, a indicar ausência de dolo ou presença de boa-fé, com reflexos em relação ao cometimento de ato de improbidade administrativa com ou sem dano ao erário”, enfatizou Célio Fúrio.
Outro lado
Em nota, a prefeitura de Cuiabá argumentou que na última segunda-feira (26), já estava acordado com o diretor-geral interino da Empresa Cuiabana de Saúde, Oseas Machado, a articulação para elaboração de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto ao MP a ser submetido à apreciação do prefeito Emanuel Pinheiro.
Justifica, no entanto, que em virtude de uma audiência de Pinheiro junto à Presidência da República para definir os detalhes finais da conclusão e entrega do novo Pronto-Socorro de Cuiabá, o departamento jurídico, solicitou dilação de prazo para próxima semana e ainda aguarda resposta do MP até o momento.
"Conforme explicou a advogada da ECSP, Laura Lima, os funcionários são enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros servidores considerados essenciais; e sua exoneração imediata compromete muito o funcionamento do Hospital São Benedito. Por esta razão, segundo ela, o departamento jurídico encaminhará novamente o pedido de dilação de prazo para que, tão logo o prefeito retorne de viagem o TAC seja discutido em conformidade com as determinações legais vigente", finaliza o comunicado. (Com assessoria)
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Moreira - 01/12/2018
Mané Paletó cada vez mais enrolado.
1 comentários