esposa é mandante 22.02.2022 | 10h11

vitoria@gazetadigital.com.br
Reprodução
O promotor de Justiça Samuel Frungilo pediu a instauração de um inquérito contra Cristiane Silva, uma das testemunhas no caso do assassinato do empresário Toni Flor, morto a tiros no dia 11 de agosto de 2020. Durante oitiva nesta segunda-feira (21), Cristiane contou uma versão diferente da informação que relatou ao delegado Marcel de Oliveira.
A esposa de Toni, Ana Claudia Flor, foi presa como mandante do crime. O plano da viúva envolveu uma amiga manicure e três criminosos, sendo que um deles – Igor Espinosa - é pistoleiro do Comando Vermelho responsável por apertar o gatilho contra Toni.
Em seu depoimento inicial ao delegado Marcel de Oliveira, que estava à frente das investigações, Cristiane teria afirmado que estava em uma festa com Igor Espinosa. No local, ela ouviu que a morte de Toni Flor foi encomendada pela esposa, Ana Claudia.
Leia também - Assassinato aconteceu durante treino clandestino na pandemia
Em seguida, Cristiane comentou a história com Fabrícia Pereira de Oliveira, que repassou a informação para Aldina Marcia Alez Herter, amiga do casal Toni e Ana Claudia.
Ainda na audiência desta segunda-feira, tanto Aldina como Fabrícia citaram o nome de Cristiane, que teria contado sobre o envolvimento de Igor no crime para elas.
Contudo, durante depoimento no júri popular, a testemunha desmentiu que Igor teria afirmado que foi o autor dos disparos. “Não conhecia a vítima. Ele [Igor] não me disse nada, eu apenas conheci ele numa festa. Conversamos nesse dia para arrumar um serviço pra ele, tentei arrumar o serviço pra ele, nos relacionamos algumas vezes e nunca mais o vi”, afirma.
Cristiane não deu mais detalhes sobre o crime, alegando que não poderia responder já que não sabia de nada. Ela apenas confirmou o que o delegado Marcel de Oliveira disse no depoimento inicial.
“Só confirmei pra ir embora logo, estava com o salão cheio de cliente. Ele disse que entraria com um processo, não entendo direito”, disse sobre seu depoimento na Polícia Civil.
A manicure está presa há um mês, acusada de tráfico de drogas. Na mesma unidade prisional está Ana Claudia Flor. Porém, Cristiane negou que tenha contato com a suposta mandante do crime e que não estava sendo coagida.
O promotor então pediu para que seja aberto um processo de falso testemunho contra Cristiane, por ter mudado a versão dos fatos.
O advogado de defesa Jorge Godoy, por seu vez, pediu um inquérito contra o delegado Marcelo, por suposta coação no depoimento.
O caso
Toni Flor foi morto a tiros quando chegava para treinar pela manhã na academia, em Cuiabá. O caso foi registrado em agosto de 2020, sendo que a viúva do empresário é a principal suspeita de encomendar o assassinato.
O primeiro preso, Igor Espinosa, deu detalhes de como executou a vítima, incluindo como fez a negociação com Ana Claudia.
Ele estava sentado no meio-fio da academia, no bairro Santa Marta, quando abordou o empresário dizendo “perdeu”. Em seguida, disparou 5 vezes contra a vítima.
Depois fez uma videochamada com Ana Claudia e mais dois intermediadores. O acordo era R$ 60 mil, distribuídos em R$ 20 mil para cada.
Publicidade
Publicidade
Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
Publicidade
Publicidade
O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.