Sisamnes 18.03.2025 | 09h00
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João Vieira
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (18), nova fase da Operação Sisamnes, que tem como pivô o lobista de Mato Grosso, Andreson Oliveira Gonçalves, preso na primeira fase em novembro passado. Desta vez, os alvos são de Tocantins, após as investigações apontarem crimes de obstrução de justiça, violação do sigilo funcional e corrupção ativa e passiva.
Os policiais federais cumprem um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, além das medidas de afastamento das funções públicas, proibição de contato e saída do país, e recolhimento de passaportes.
Segundo as investigações, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), frustrando, assim, a efetividade das deflagrações das operações policiais.
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As investigações tiveram início após o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ter acesso aos dados contidos no celular do advogado Roberto Zampieri, executado em dezembro de 2023 em frente ao seu escritório em Cuiabá.
As mensagens contidas no celular de Zampieri revelaram que Andreson estabeleceu uma rede de contatos com magistrados e assessores de ministros do STJ e integrantes das Cortes Estaduais, bem como com uma série de intermediadores, a fim de auferir benefícios derivados de decisões judiciais e informações privilegiadas.
Casado com a advogada Mirian Ribeiro Rodrigues de Mello Gonçalves, ele atuava como responsável por intermediar interesses criminosos entre advogados e servidores públicos do STJ. "A quantidade de diálogos e conversações, refletidos em prints e documentos juntados pela Polícia Federal, mostram inúmeras solicitações de vantagem econômica indevida por parte de Andreson e Mirian, ambos com pleno domínio associativo", diz trecho da primeira decisão que solicitou busca e apreensão contra o lobista no ano passado.
Prisão
Em novembro do ano passado, a PF cumpriu 23 mandados de busca e um de prisão, na mesma operação, contra advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados suspeitos de envolvimento na venda de decisões judiciais.
Na ocasião, Andreson teve a prisão preventiva decretada, e a decretação de monitoramento eletrônico contra sua esposa, e os desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes Filho.
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