hospedagem e segurança de caçadores 27.06.2024 | 15h56
redacao@gazetadigital.com.br
Reprodução / Chico Ferreira
Joailton Lopes de Amorim, policial militar envolvido na morte do tenente Carlos Henrique Scheiffer, em 2017, foi condenado pela Justiça Federal a 9 anos e 4 meses de prisão por outro crime. Ele foi penalizado por receber pagamento para hospedar estrangeiros que vinham ao Brasil para praticar caça ilegal, além de realizar a segurança dos turistas. Também foi decretada a perda do cargo público, em decorrência da corrupção passiva.
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A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) a partir das investigações feitas durante a chamada Operação Jaguar, deflagrada em 2010 no município de Nova Santa Helena (MT).
O objetivo da operação era combater a caça ilegal e os maus-tratos de animais silvestres brasileiros, especialmente da onça-pintada, que é um animal reconhecido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) como ameaçado de extinção.
Na ocasião, foram realizadas 8 prisões em flagrante e apreendidas peles e partes de animais silvestres e da fauna exótica, além de marfim, dezenas de armas de grosso calibre e milhares de munições de uso restrito, e centenas de fotos de caçadas e de animais abatidos.
Segundo a denúncia do MPF, o réu, que também foi preso em flagrante, é policial militar em Rondonópolis e se associou a dois caçadores experientes, a fim de disponibilizar hospedagem a estrangeiros que vieram ao Brasil para caçar ilegalmente. Ele também foi o responsável pela segurança do grupo de caçadores, aproveitando-se do fato de ser policial militar.
De acordo com a sentença da 1ª Vara Federal Criminal de Sinop (MT), todo o contexto probatório demonstrou que o réu, de forma consciente e voluntária, valeu-se de seu cargo público para obter vantagem indevida.
A sentença ainda destacou que, se valendo da credibilidade e da confiança de que é revestida sua função pública, o réu infringiu seu dever funcional, ao garantir a passagem tranquila do grupo de caçadores perante a Polícia Militar de Mato Grosso.
Morte de Scheiffer
O segundo-tenente PM Carlos Henrique Paschiotto Scheifer foi morto em maio de 2017 na região do Distrito União do Norte, zona rural de Peixoto de Azevedo (691 km ao Norte).
A motivação do crime foi evitar que a vítima adotasse medidas que pudessem resultar na responsabilização do cabo PM Lucélio Gomes Jacinto, e até mesmo eventual perda da farda, por desvio de conduta em uma operação que culminou na morte de um dos suspeitos de roubo na modalidade “novo cangaço”.
Consta nos autos que Scheifer foi atingido por um disparo frontal efetuado pelo próprio colega de farda na região abdominal em um local que havia sido, no dia anterior, palco de confronto entre policiais e suspeitos de roubo.
Inicialmente, os denunciados sustentaram que a vítima havia sido atingida por disparo efetuado por suspeito não identificado. Após o laudo pericial, ficou comprovado que o projétil alojado no corpo do tenente partiu do fuzil de Lucélio Gomes Jacinto. Os outros policiais militares denunciados, terceiro-sargento PM Joailton Lopes de Amorim e soldado PM Werney Cavalcante Jovino foram absolvidos.
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