RED MONEY 05.07.2024 | 08h46
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Por unanimidade os desembargadores da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) mantiveram a prisão de Paulo Witer Farias Paelo, o WT, em uma ação referente à Operação Red Money, que desarticulou o núcleo financeiro da facção criminosa Comando Vermelho em Mato Grosso. Recentemente WT foi preso durante a operação Apito Final, que mirou outro setor da facção.
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Durante sessão nessa quarta-feira (3) a Segunda Câmara Criminal julgou um recurso de Fabio Aparecido Marques do Nascimento (vulgo “Lacoste”), apontado como integrante do núcleo contábil do Comando Vermelho, que também beneficiaria Paulo Witer.
O relator, desembargador José Zuquim Nogueira, citou que Fabio foi alvo de duas ações penais por crimes semelhantes. Ele já foi condenado a mais de 8 anos de prisão em um dos processos, mas uma liminar lhe concedeu o direito de recorrer da sentença em liberdade. Ele então pediu a extensão desta decisão para esta outra ação.
O magistrado votou por manter a liminar concedida a Fabio, considerando a demora na tramitação dos processos, porém, negou o benefício a Paulo Witer, seguindo a manifestação do Ministério Público de Mato Grosso.
“Denegar o habeas corpus, não considerar a extensão a ele e digo que a situação do Fábio é uma e a do Paulo é outra, então não posso entender em face só de ter sido concedida a do Fábio”, disse o relator.
O voto dele foi seguido pelos desembargadores Rui Ramos e Jorge Luiz Tadeu.
Operação Red Money
A operação foi desencadeada em agosto de 2018. As investigações apontaram que R$ 52 milhões foram arrecadados por meio de um engenhoso esquema desenvolvido pela facção Comando Vermelho (CV) em Mato Grosso, cujos capitais são oriundos de pagamento de mensalidade de faccionados e traficantes e taxas de falsa segurança em comércios.
Outra fonte de renda vem de crimes articulados de dentro dos presídios como roubos e furtos de veículo e agências bancárias, tráfico de drogas, estelionatos diversos. A cifra movimentada pelos criminosos diz respeito a entradas e saídas de dinheiro de 44 contas de investigados no período de um ano e meio (entre 1º de junho de 2016 a 18 de janeiro deste ano).
Operação Apito Final
Durante a Operação foram cumpridos 54 ordens judiciais, que resultou na prisão de 20 alvos. Entre eles o alvo principal, o “WT”, foi identificado como tesoureiro e como líder de um esquema que movimentou cerca de R$ 65 milhões.
Para o esquema de lavagem de dinheiro obtido do tráfico de drogas, WT utilizou comparsas e familiares como laranja na aquisição de bens para movimentar o capital ilícito e dar aparência legal às ações criminosas.
Outro artifício usado pelo principal alvo foi montar uma base para difundir e promover a facção criminosa, por meio de doações de cesta básica e eventos esportivos. Além da criação de times de futebol amador e a construção de um espaço esportivo, estratégias utilizadas pelo grupo para a lavagem de capitais e dissimulação do capital ilícito.
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