pelas ruas da capital 09.05.2023 | 14h29
Reprodução/Twitter
A polícia de Paris e o ministro do Interior da França foram alvo de críticas nesta segunda-feira (8) após a autorização de uma manifestação com cerca de 500 neonazistas pelas ruas da capital francesa no último sábado (6).
Vestidos de preto, manifestantes de extrema-direita caminharam pelas ruas de um luxuoso bairro da capital sob supervisão da polícia, com bandeiras que marcavam o aniversário da morte do ativista de extrema-direita Sebastien Deyzieu, ocorrida em 1994.
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"Explique-se!", pediu no Twitter o senador do Partido Socialista David Assouline ao ministro do Interior, Gérald Darmanin.
"É inadmissível ter permitido que 500 neonazistas e fascistas desfilem no meio de Paris. Suas organizações, a exibição de sua ideologia, os slogans e as insígnias são tão insultantes para os mortos quanto incitam o ódio racial", tuitou Assouline.
A França comemorou nesta segunda-feira a vitória dos Aliados sobre a Alemanha nazista em 1945, assim como recordou as vidas perdidas na luta contra o fascismo.
Essa concentração da extrema direita, autorizada pela cidade, acontece em um momento em que as autoridades têm reprimido os panelaços contra o governo, com novas restrições impostas nesta segunda-feira (8), a fim de proteger o presidente Emmanuel Macron do ruído.
"Os panelaços são aparentemente mais perigosos que os barulhos de botas militares", ironizou o porta-voz do Partido Comunista, Ian Brossat.
A instituição de caridade de esquerda Attac também criticou a manifestação "do ódio com total impunidade, no centro de Paris". O intelectual Jacques Attali classificou o ato como "intolerável".
O departamento de polícia parisiense explicou em comunicado nesta segunda que sem "risco demonstrado à ordem pública" não tinha poder legal para interromper a manifestação, que já aconteceu sem incidentes em outros anos.
Na segunda-feira, os protestos estavam proibidos nas redondezas dos Champs-Élysées, onde Macron participou de uma cerimônia em 8 de maio, no memorial da guerra, no Arco do Triunfo.
O presidente também prestou homenagem ao herói da resistência francesa Jean Moulin, em Lyon. As manifestações também foram proibidas na cidade, apesar de o sindicato CGT ter entrado com um recurso — rejeitado por um tribunal local.
Os panelaços contra os membros do governo se multiplicaram desde que o presidente liberal promulgou, em 15 de abril, sua impopular reforma da Previdência, que aumenta a idade da aposentadoria de 62 para 64 anos.
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