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exonerada do cargo 22.12.2022 | 14h20

Tribunal belga decide se mantém presa eurodeputada acusada de corrupção

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Eric Vidal

Eric Vidal

O tribunal belga decide, nesta quinta-feira (22), se mantém detida a eurodeputada grega Eva Kaili, de 44 anos, exonerada do cargo de vice-presidente do Parlamento Europeu e acusada de corrupção que envolve o Catar. 

 

A audiência perante a Câmara do Conselho de Bruxelas, a portas fechadas, foi convocada para as 9h (5h no horário de Brasília), e a decisão deve ser anunciada no período da tarde.

 

A eurodeputada social-democrata está entre as quatro pessoas presas por suspeita de "pertencimento a uma organização criminosa", "lavagem de dinheiro" e "corrupção".

 

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Nesta quinta-feira (21), Eva Kaili voltou a alegar inocência e pediu o fim de sua prisão provisória, segundo seu advogado, Andre Risopoulos.

 

Em frente ao tribunal em Bruxelas, Risopoulos disse à imprensa que Kaili está "cooperando ativamente" com a promotoria belga. O advogado afirmou ter solicitado a soltura da parlamentar sob vigilância eletrônica.

 

Em 14 de dezembro, a Câmara do Conselho, órgão encarregado de controlar a prisão preventiva, ordenou a detenção do italiano Francesco Giorgi, companheiro de Eva Kaili, e do também italiano e ex-deputado Pier Antonio Panzeri, que aparecem como figuras-chave da trama. 

 

O regime de liberdade provisória com pulseira eletrônica do quarto acusado, Niccolo Figa-Talamanca, foi suspenso após recurso interposto pela promotoria federal belga. 

 

Eva Kaili, ex-apresentadora de televisão e militante do partido socialista grego Pasok-Kinal — que a expulsou assim que surgiram os primeiros detalhes do caso — nega ter recebido dinheiro do Catar para promover os interesses do emirado na União Europeia. 

 

Segundo uma fonte judicial belga, bolsas cheias de dinheiro no valor de 150 mil euros (160 mil dólares) foram encontradas em seu apartamento em Bruxelas.

 

A eurodeputada "não sabia da existência desse dinheiro", garantiu seu advogado grego, Michalis Dimitrakopoulos, que acusou Giorgi de ter "traído a confiança" de sua parceira.

 

Na véspera da audiência que decidirá se sua cliente permanece ou não presa, Dimitrakopoulos estava confiante. 

 

“A situação é difícil, mas temos argumentos muito sólidos para libertá-la”, disse o advogado à imprensa, e destacou, entre eles, “a ausência de qualquer risco de fuga”.

 

No nível diplomático, o escândalo prejudicou as relações entre a UE e o Catar, que ameaçou um possível "impacto negativo" em suas cobiçadas entregas de gás natural e rejeitou firmemente as acusações de corrupção.

 

Até agora, a investigação, liderada pelo juiz belga Michel Claise, levou a 20 operações de busca na Bélgica, entre 9 e 12 de dezembro, incluindo os escritórios do Parlamento Europeu em Bruxelas.

 

O pai de Eva Kaili foi detido por 48 horas na capital belga, enquanto a esposa e a filha de Panzeri, alvo de um mandado de prisão europeu, foram detidas na Itália. Nos tribunais italianos, ambas buscam evitar serem entregues às autoridades belgas. 

 

Durante essas buscas, os investigadores belgas acharam 1,5 milhão de euros em dinheiro (1,6 milhão de dólares), segundo fontes judiciais. 

 

Além dos 150 mil encontrados na casa de Eva Kaili, seu pai foi surpreendido com uma mala com 750 mil euros em notas.

Por fim, foram encontrados 600 mil euros na casa de Panzeri, ex-deputado socialista do Parlamento Europeu que fundou a Fight Impunity em Bruxelas, em 2019. Agora, os três anos de atividade dessa ONG estão sob escrutínio. 

 

O líder sindical italiano Luca Visentini, que conhece Panzeri, admitiu nesta semana ter recebido uma doação em dinheiro de cerca de 50 mil euros da Fight Impunity, mas garantiu que ela não está ligada a nenhuma tentativa de corrupção nem de tráfico de influência em benefício do Catar. 

 

Secretário-geral da Confederação Sindical Internacional (CSI), Visentini foi preso em 9 de dezembro e passou 48 horas detido. Na quarta-feira, foi "suspenso" das funções pelo órgão de gestão do sindicato.

 
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