Publicidade

Cuiabá, Terça-feira 16/12/2025

Polícia - A | + A

OBSTRUÇÃO DA JUSTIÇA 09.09.2019 | 17h07

Justiça mantém prisão de coronel da PM acusado de fraude

Facebook Print google plus

Alair Ribeiro/MidiaNews

Alair Ribeiro/MidiaNews

O tenente-coronel da Polícia Militar Marcos Eduardo Ticianel Paccola passou por audiência de custódia na tarde desta segunda-feira (9) e mantida a prisão. Ele está recolhido no 1º Batalhão da Polícia Militar, em Cuiabá.

 

Leia também -Tenente-coronel é flagrado alterando histórico de arma e é preso por obstrução da Justiça

 

Durante a audiência, o policial reclamou ao juízo da 11ª Vara Criminal de Cuiabá que foi preso dentro de sua casa, no domingo (8), às 19h. Segundo o advogado Ricardo Monteiro, a queixa será investigada pelas autoridades responsáveis, uma vez que fora do flagrante a prisão é irregular após as 18h.

 

Paccola é acusado de fraudar o sistema da Polícia Militar para alterar registro de arma que teria sido usada em 7 homicídios em Cuiabá e Várzea Grande. Os assassinatos e tentativas são apurados na Operação Mercenários.

 

De acordo com o pedido do Ministério Público Estadual (MPE), a prisão do militar é justiçada por fato novo, após a deflagração da Operação Coverage, da qual é um dos alvos, mas se livrou da prisão por força de salvo conduto obtido antes da operação ocorrer.

 

O documento do MPE aponta que “o denunciado Ten Cel PM Marcos Eduardo Ticianel Paccola realizou login no sistema SIRGAF da PMMT utilizando o usuário denominado MAJPACCOLA no dia 21/08/2019 por volta das 18h30, oportunidade em que acessou o histórico da arma de fogo de número de série 8275511 e numero SIGMA 896367, vinculada ao boletim reservado nr. 287, publicado em 06/11/2015”.

 

O advogado pontua que o acusado não poderia ter acessado o sistema, pois na data e horário ministrava curso para membros do Judiciário, em Sinop (500 km de Cuiabá).

 

O jurista não forneceu mais detalhes na prisão, pois o processo contra o policial tramita sob sigilo.

 

Denúncia
Cinco oficiais da Polícia Militar foram denunciados pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, na quarta-feira (05), pelos crimes de organização criminosa, embaraço de investigação em três inquéritos, falsidade ideológica, fraude processual e inserção de dados falsos em sistema de informações. Além da condenação pelos crimes praticados, o Ministério Público requereu que, ao final da ação penal, seja decretada a perda definitiva do cargo público dos cinco réus.

 

Consta na denúncia, que os oficiais militares utilizaram-se de seus cargos e funções de relevância para fomentar esquema criminoso voltado à adulteração de registros de armas de fogo, mediante falsificação documental e inserção de dados falsos em sistema informatizado da Superintendência de Apoio Logístico e Patrimônio da Polícia Militar.

 

Uma das armas de fogo que teve o registro adulterado, adquirida por um dos denunciados, segundo o Ministério Público, teve como objetivo ocultar a autoria de sete crimes de homicídios, sendo quatro tentados e três consumados, ocorridos entre os anos de 2015 e 2016, praticados pelo grupo criminoso conhecido como “Mercenários”.

 

Os promotores de Justiça também apresentam a correlação das ações ilícitas dos denunciados com as investigações da operação “Assepsia”, a partir da análise dos dados extraídos do aparelho celular do 2º TEN PM Cleber de Souza Ferreira, apreendido durante o cumprimento de buscas e apreensões realizadas no âmbito da referida operação.

 

Segundo o MPMT, em uma das conversas por whatsApp do 2º TEN com a sua namorada, ele manifesta preocupação em resolver duas ocorrências relacionadas à apreensão de uma arma e de 86 celulares apreendidos e escondidos em um freezer localizado no interior da Penitenciária Central do Estado.

 

Na denúncia, composta de 74 páginas, o Ministério Público discorre sobre sete fatos envolvendo os oficiais da PM que, segundo o MPMT, comprovam a ocorrência dos crimes praticados. A ação penal tramita na Décima Primeira Vara Criminal da Comarca de Cuiabá. 

Voltar Imprimir

Publicidade

Comentários

Enquete

Você concorda em manter políticos que estão fora do país no cargo?

Parcial

Publicidade

Edição digital

Terça-feira, 16/12/2025

imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
btn-4

Indicadores

Milho Disponível R$ 66,90 0,75%

Algodão R$ 164,95 1,41%

Boi à vista R$ 285,25 0,14%

Soja Disponível R$ 153,20 1,06%

Publicidade

Classi fácil
btn-loja-virtual

Publicidade

Mais lidas

O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.

Copyright© 2022 - Gazeta Digital - Todos os direitos reservados Logo Trinix Internet

É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.