PJC REBATE VERSÃO 30.07.2021 | 18h25
khayo@gazetadigital.com.br
Divulgação
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) secção Mato Grosso promoveu um ato em prol da advogada Deise Cristina Sanabria, na manhã desta sexta-feira (30), em frente à Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), em Cuiabá.
A manifestação se deu após a advogada alegar ter sido abordada de forma violenta por policiais durante o exercício da profissão. Em maio deste ano, Deise teria recebido voz de prisão ao tentar defender um de seus clientes durante uma abordagem.
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Segundo a advogada, no dia 24 de maio ela foi acionada para defender um cliente que estava sendo abordado por agentes da Derf. No local, os policiais teriam tentado algemá-lo, mas foram confrontados por Deise sobre o fato de que as algemas são um recurso licito somente em caso de resistência.
Conforme a advogada, ela recebeu voz de prisão dos profissionais após defender seu cliente e ainda foi abordada de forma violenta. Na delegacia, uma ocorrência foi lavrada contra Deise por suposta desobediência.
Diante da situação, a Ordem saiu em defesa da advogada e se manifestou sobre o ocorrido em frente à delegacia pouco mais de dois meses depois do fato. No evento desta manhã, estavam presentes o presidente da instituição, Leonardo Campos, a vice, Gisela Cardoso e cerca de outras 100 pessoas.
No local, o presidente reiterou o respeito pelas forças de seguranças, mas disse que a manifestação era em prol dos direitos da advocacia.
"Esse desagravo é face dos Direitos da Advocacia e das nossas prerrogativas e dos direitos da advocacia. É em defesa das prerrogativas da advogada Deise que foram violentamente rasgadas, ofendidas e desprezadas", disse.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com o delegado titular da Derf, Guilherme Bertoli, que rebateu os apontamentos dados pela advogada.
Bertoli reiterou o respeito à OAB, mas lamentou o fato de a instituição não ter procurado a polícia sobre o ocorrido. "Eu entendo o papel deles de defender os pares, só que tem que entender também que os pares nem sempre estão corretos", apontou.
Ao portal, o delegado afirmou que Deise chegou ao local da ocorrência já alterada e se anunciou como sendo advogada do suspeito, que é seu tio e estava sendo abordado por suspeita de interceptação de fios de cobre roubados.
O titular da Derf disse ainda que a advogada agiu com "soberba" diante dos policiais e tentou impedir o trabalho dos agentes.
"Infelizmente, em todas as profissões têm profissionais despreparados, que no caso eu acho que foi a advogada, que agiu com soberba diante da equipe policial", disse.
"Tentou intimidar e interferir na abordagem, que não é o papel dela. Advogados não têm imunidade processual para praticar crime. O advogado tem que ser o primeiro a garantir a execução correta das leis", acrescentou.
O delegado finalizou apontando que o caso foi apresentado à Justiça, que julgará o mérito da situação.
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Luiz - 31/07/2021
Mi mi mi...
cidão - 30/07/2021
policiais despreparados deveriam ser expulsos da corporação, bandos de analfabetos,amanhã depois eles é que vão precisar de advogados.
2 comentários