ranalli na reserva 12.11.2025 | 13h50

fred.moraes@gazetadigital.com.br
Fred Moraes/ GD
O presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, descartou qualquer definição sobre uma chapa pura entre o deputado federal José Medeiros (PL) e o vereador Rafael Ranalli (PL) para o Senado em 2026. Ele ainda mandou um recado direto a aliados e interlocutores políticos que, segundo ele, tentam interferir nas decisões internas da sigla.
Em entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real, Ananias disse que mesmo com o ataque do governador Mauro Mendes (União) ao deputado federal de São Paulo, Eduardo Bolsonaro (PL), não há orientação de que eventuais alianças ou composições com outros partidos estejam proibidas.
“Dificilmente teremos prepotência de lançarmos uma chapa pura nas candidaturas de governo e Senado nas eleições do ano que vem. Mas, ele tem legitimidade de postular candidatura. Eu como presidente, recebo todos que colocam à disposição”, disse.
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Conforme Ananias, a projeção de Ranalli ao Senado é algo tratado sem formalidade e que o nome do vereador servirá para "banco de reservas".
“Ranalli me disse que está de chuteira e pronto, mas ele ficará no banco de reserva. Nós não vamos abrir mão de projeto que está aprovado que é José Medeiros no Senado e Wellington Fagundes, ao governo”, emenda.
“Mauro foi deselegante; Eduardo respondeu”
Ananias também comentou o recente embate público entre o governador e Eduardo Bolsonaro sobre a política econômica de Donald Trump. O governador chamou Eduardo de “louco” e disse que ele “fala bosta”, enquanto o parlamentar o retrucou chamando-o de “político de bosta e frouxo”.
Na avaliação de Ananias, o episódio não representa uma crise entre PL e União Brasil, mas revelou um comportamento “deselegante” de Mauro Mendes.
“Não melou as tratativas, porque ainda não havia sido instituída nenhuma diretriz de que isso aconteceria. Então, meu posicionamento é que o governador foi deselegante e o Eduardo respondeu. Eu fico com o posicionamento do Eduardo, que defende o que acredita. Foi muito coerente. O governador e o Eduardo travaram luta, um deu soco e outro cruzado, mas essa discussão não atrapalha relacionamento partidário”, pontuou.
Na visão do presidente do PL, o governador Mauro Mendes sai politicamente prejudicado com o embate, já que, em sua avaliação, o eleitorado mato-grossense é majoritariamente de direita e alinhado com o bolsonarismo.
“Quem perde é o governador. O Eduardo não disputa eleições em Mato Grosso, mas as ideias do bolsonarismo estão impregnadas na população daqui. Para que combater ideia onde a maioria é de direita? Está indo contra esse campo. Quem perde é ele”, disse.
Mesmo reconhecendo o trabalho administrativo de Mauro Mendes, Ananias o criticou por se distanciar do campo ideológico da direita. “Ele faz um grande trabalho como gestor, mas na parte política o resultado das urnas mostrou que capacidade eleitoral não é relacionada a ser mandatário. Ele não adianta ir contra pensamentos do PL, que responderemos à altura”, concluiu.
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