prefeito acusa 04.12.2019 | 10h54
pablo@gazetadigital.com.br
Fablício Rodrigues/AL-MT
Presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM) descartou a criação de uma CPI para investigar a denúncia feita pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) de que estaria sendo vítima do uso político da Delegacia Fazendária (Defaz) de Mato Grosso. Segundo o chefe do Executivo, ele está sendo investigado a pedido do governador Mauro Mendes (DEM).
"Não tem necessidade de CPI, não tem fundamentos para se criar uma CPI. Para isso, teria que ter argumentos e fatos concretos e isso não tem. Então não vejo necessidade", disse Botelho nesta quarta-feira (4).
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Segundo Botelho, a tendência é se criar uma comissão de parlamentares para acompanhar a denúncia realizada na Defaz de que Emanuel Pinheiro teria comprado vereadores para votar a favor cassação do seu oposicionista, vereador Abílio Júnior (PSC).
"Ele (Emanuel Pinheiro) diz que supostamente recebeu informações de que a Defaz estava sendo modificada porque os delegados estavam sendo remanejados por se recusarem de investigar ele e a administração dele. Mas sem nenhuma prova, apenas relato. Não deu nomes", explicou o chefe do Legislativo ao citar a denúncia.
"A Assembleia só pode acompanhar e ver como se dará isso. Provavelmente vou criar uma comissão para acompanhar, é o que podemos fazer. Não acredito que a Defaz está sendo usada. Hoje a polícia é completamente livre e independente", completou Eduardo Botelho ainda disse que discutirá denúncia com a procuradoria Legislativa e que encaminhará uma cópia da denúncia para os demais deputados analisarem.
Porém, a criação da comissão ficará para a próxima semana.
Denúncia
Na denúncia, Emanuel Pinheiro afirma que o delegado-geral da Polícia Civil, Mário Demerval, pressionou os delegados da Defaz, Anderson Veiga e Lindomar Toffoli, para “agilizar” a investigação sobre a suposta compra de votos dos vereadores na casa de Juca do Guaraná (Avante).
Emanuel entregou a denúncia ao presidente e vice-presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM) e Janaina Riva (MDB). As informações preliminares são de que depois do “pedido” de Demerval, os delegados alegaram não ter provas concretas que subsidiem uma investigação e sofreram sanções por causa da negativa, pois o pedido, segundo Emanuel Pinheiro, partiu do governador Mauro Mendes (DEM).
Denúncia de compra de votos
A investigação citada por Pinheiro é decorrente da denúncia de uma servidora pública, que afirmou que os vereadores da base do prefeito se reuniram na casa do Juca do Guaraná para negociar a cassação de Abílio Junior (PSC), com pagamento de propina em dinheiro. (Colaborou Thalyta Amaral)
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