Botelho diz que não prometeu secretarias a aliados, mas irá aproveitar ‘as pessoas boas’

Eduardo Botelho (União) afirmou que não prometeu nenhum cargo aos partidos aliados caso seja eleito prefeito de Cuiabá neste ano. Porém, o deputado garantiu que irá aproveitar “as pessoas boas dos partidos” e disse que “quem ajuda a ganhar, ajuda a administrar”.

Leia também - Sandrin garante plano para a Saúde e 'trabalho não assusta'

Prática muito comum em eleições majoritárias é a negociação de secretarias, ou ministérios, após uma vitória nas eleições. Foi o que aconteceu, por exemplo, na atual gestão do presidente Lula (PT), que colocou Simone Tebet (MDB), sua adversária no 1º turno e apoiadora no 2º, como ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, e também colocou Carlos Fávaro (PSD), principal articulador da campanha presidencial em Mato Grosso, como ministro da Agricultura.

Estas negociações também ocorrem com membros do Poder Legislativo que apoiaram a campanha. Em entrevista durante a convenção da coligação “Juntos por Cuiabá”, que tem o médico Marcelo Sandrin (Republicanos) como candidato a vice, Botelho afirmou que sua relação com a Câmara Municipal será semelhante como foi a do governador Mauro Mendes (União) com a Assembleia Legislativa.

“Nós vamos trabalhar, fazer uma gestão técnica, mostrar para os vereadores o que nós precisamos fazer junto com eles, para mudar junto com eles para fazer melhorias, assim como o governador Mauro Mendes fez com a Assembleia, eu tenho essa experiência na Assembleia, nós aprovamos leis duras, leis difíceis, que a Assembleia foi até invadida, mas em nenhum momento nós fizemos qualquer exigência ao governador, apenas mostramos para os deputados que era importante nós darmos aquele apoio para melhorar o estado”.

Apesar de afirmar que não prometeu nenhuma secretaria ou cargo em sua gestão, caso seja eleito, Botelho afirmou que os partidos aliados farão sim parte de sua administração.

“Não tenho nenhum acordo com partido para indicar secretários, ninguém me pediu isso, por sinal, ninguém, não tem nenhum partido que chegou exigindo cargo. Agora, evidentemente que quem ajuda a ganhar, ajuda a administrar e as pessoas boas dos partidos vão sim serem aproveitados para trabalhar conosco”.