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horrores da pandemia 01.04.2020 | 21h25

Contratos suspensos deixam 10 mil professores sem salários

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Otmar de Oliveira

Otmar de Oliveira

Cerca de 10 mil professores interinos terão os contratos suspensos pelo governo do Estado devido à pandemia do coronavírus. Nesta quarta-feira (1), deputados estaduais criticaram e cobraram da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para que os profissionais não fiquem sem renda. 

 

“Não é justo, não concordo. O governo deve rever isso. Eu vou levar essa reivindicação para o governador Mauro Mendes”, cobrou o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM). Ele afirmou que vai levar a quesetão para o conhecimento do govenador Mauro Mendes, do mesmo partido. 

 

O deputado Lúdio Cabral (PT) criticou e pediu para o governo rever a suspensão dos contratos durante a sessão, onde outros deputados também abordaram o assunto.  Mais tarde em post no Instagram, o petista disse que são pelo menos 10 mil professores interinos que terão os contratos suspensos.   

 

“É um contrassenso neste momento. Neste período, funcionários das empresas estão todos em casa e ninguém falou nada de não pagar salários. É um momento diferente e acho que o governo tem que rever isso, não é ir dizendo vai embora, quando puder a gente chama você, que história é essa?”, questionou Botelho.

 

“Quantas empresas que estão todos em casa. Então quer dizer que o governo pode fazer isso com os contratados, os efetivos estão em casa, recebendo normal. Eles porque são contratados são tratados dessa forma, não, tá errado. Tem que ter o mesmo tratamento”, disse o presidente do Parlamento.

 

“Quero dizer que fiz compromisso com o deputado (Valdir)Barranco de lutar em defesa de vocês. Eu fui professor contratado também, fui efetivo depois, mas o contratado, ele sofre muito. Ele recebe por último, quando tem qualquer dificuldade ele que é colocado nas ruas. É uma dificuldade atrás da outra. Eu acho um mau exemplo que o governo está fazendo de suspender o contrato dessas pessoas agora. Esse momento não é o momento disso. O governo, a Secretaria de Educação está no caminho errado. Vou estar com vocês nessa luta, nessa defesa”, disse Botelho.

 

“A cada ano, eles (professores) têm os contratos renovados. Por conta da greve do ano passado, que durou 75 dias, o ano letivo de 2020 tem dois calendários. Um que iniciou em fevereiro e outro que iria iniciar no dia 23 de março. Exatamente no dia em que se iniciou o isolamento social e a suspensão das aulas, daí os profissionais agora recebem está notícia”, reforçou o petista.

 

Segundo Lúdio Cabral, “os interinos dessas escolas atribuíram suas aulas na semana anterior e havia o compromisso da Seduc de assinar os contratos e colocar esses profissionais na folha de pagamento, mas de forma surpreendente a Seduc não assinou esses contratos e disse mais, que esses profissionais só terão seus contratos assinados depois que a pandemia acabar. Quer dizer, mais da metade dos interinos, seis mil trabalhadores que estão desde o mês de janeiro sem contrato, aguardando, foram pegos de surpresa com essa medida”.

 

Conforme Lúdio Cabral, não tem sentido essa medida. O pronunciamento do parlamentar foi reforçado por outros parlamentares.  Lúdio fez questão de destacar que essas aulas serão repostas depois do isolamento social. “Não tem sentido, o governo, com essa visão estreita, insensível, desumana, desamparar milhares de trabalhadores que são os contratados temporariamente”, disse. (Com informações da assessoria)

 

Outro lado

Em relação à contratação de temporários para a rede estadual, a Secretaria de Educação informa que:
Em virtude do reordenamento escolar e do grande número de professores efetivos remanescentes, o processo de atribuição de aulas dos servidores efetivos para o 2º calendário letivo de 2020 ainda não foi concluído. Assim, considerando que o início das atividades desse calendário previsto para iniciar-se em 23/03/2020 foi suspenso em decorrência dos Decretos Governamentais nº. 407 de 16 de março de 2020 e nº. 432 de 31 de março de 2020, a Secretaria de Estado de Educação não possui amparo legal para a realização de contratação temporária por ausência de fato gerador que consiste no exercício imediato das atividades laborais do contratado em sala de aula. 

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Comentários

Eliane da Silva Dantas - 11/08/2020

Enquanto o Brasil for um país de terceiro mundo, o professor não tera seu valor. Muitas pessoas burras tomando conta das escolas. Onde já se viu dispensar professores em meio a uma pandemia? Fiquei com dívidas, sem auxílio emergencial e sem emprego. Nunca fui tão humilhada. Só no Brasil mesmo.

Ana Celia Alves Mota - 25/06/2020

Um professor com salas e salas cheias de alunos que trabalha de uma forma igual aos demais se encontram em um momento de desafios com doencas e suas contas seus compromissos todos parados. Como fazer? Qual a razão para continuar vom essa desigualdade social.Por favor ponha a consciência em funcionamento.

Fatos cor de rosa - 23/05/2020

Em Brasilia estão suspensos os contratos não ganhamos nenhum beneficio por ter declarado imposto em 2018, e é isso, sem trabalho e sem beneficio. Somos uma classe esquecida.

Cristina José - 12/05/2020

Tristeza estamos passando no meu Município interior do Tocantins. Contratos da educação passando necessidades. Porque não temos salários, e por causa do contrato estamos sendo prejudicados sem conseguir o auxílio emergencial. Triste realidade!

Andreia Lopes baía - 07/05/2020

Isso é falta de respeito com os professores Se não fosse por nós professores não existia outras profissões Nos samos escravizados infelizmente Muito triste a realidade

ERIKA CAMILA Oliveira - 02/04/2020

Bem isso e uma falta de respeito, eu como professora contratada pelo estado vejo esse tipo de notícia e tiro a conclusão que o estado não tem um pingo de consideração com os profissionais da educação... Sendo que somos nós que formamos pessoas capacitadas para trabalhar no nosso estado e país. Mas vejo que o estado trata os professores como cachorro onde em meio a esse momento complicado ele simplesmente corta o salário, se contradizendo com o presidente da República que está auxiliando as pessoas mais necessitadas ... Será que nosso querido governador pensa que nos professores somos seres autotróficos (que produzimos o nosso próprio alimento) ou que somos decompositores? Como vamos comer e pagar as nossas contas? Sendo que isso não tem como parar mesmo em meio a pandemia? Trabalhamos arduamente o ano todo e agora num momento difil corta tudo e quando o dilúvio passar ele vem chamar nós para disciplinar os alunos.. E assim que o governador e a Seduc pensa ... Duvido se ele vai cortar o salário dele durante esse momento complicado, se ele ficar doente ele vai pegar fila no SUS... Ou se ele terá que pegar remédio no SUS... Nós temos também família como vamos sustentar e dar comida para nossos filhos pensa 10 mil contratados sem salário... Vamos roubar? Matar para comer ? Acorda governo de MT vc está dando um tiro no próprio pé... Se vc precisar doeu voto para se reeleger mais tem... Tenha mais humanidade e dê valor aos profissionais da educação não é que somos contratados que não somos seres humanos também.

Luciene da Silva - 02/04/2020

Acho muito triste tudo isso. Os contatados sendo punidos, em momento que mais previsam de apoio.Ninguem deve ser tratado dessa forma, professores que estão na batalha e muitos deles servem o governo a anos.Tambem discórdo dessa comparação de outros servidores estão em casa recebendo a mesma coisa, sou servidora pública, não sou professora, mas estamos fazendo de tudo para continuar o trabalho, fazendo revezamento por causa da aglomeração. Também levo trabalho em casa de pessoa que e de grupo de risco.Entao senhores,neste momento é hora de união e respeito aos servidores, compaixão é a palavra,partilha. Por isso, sugiro a vocês abrir mãos dos inumeros benefícios que recebem, verbas indenizatorias por exemplo e ajudar o governo neste momento, pois o governo somos nós servidores que fazemos de tudo pra carregar o Estado nas costas.Eu creio que voces possam rever muitas coisas de voces em prol do próximo que tanto acreditou em voces.Fica a sugestao.Obrigada

Joicy - 02/04/2020

Lúcio Cabral você ganhou minha atenção e vou anotar seu nome pois, realmente foi único que se preocupou com a classe trabalhadora que não é vista, como os contratos. Parabéns!

Célia Corrêa ribeiro - 01/04/2020

Isso é uma vergonha sou professora contratada da rede estadual e acho q ñ tem lógica essa decisão.E desumano só mexe com nois desfavorecidos.Quem é que vai pagar as nossas contas.Nao temos nem uma culpa sobre isso.

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