Deputado diz que Mendes é mal assessorado sobre policiais penais

O deputado João Batista (Pros) afirmou que o governador Mauro Mendes (DEM) é mal assessorado em relação à situação dos policiais penais em Mato Grosso, que estão em greve desde o último dia 15 e já foram alvos de diversos revés judiciais que determinaram o fim do movimento.

Ao , o parlamentar disse que as informações que o governo têm passado a respeito do salário médio dos profissionais da categoria precisam ser melhor esclarecidas. "Quando o governador fala que a greve salarial é de R$ 8 mil. Para chegar nessa média, eles têm que ter no mínimo um nível superior e duas pós-graduações", disse.

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"Eu sou capaz de dizer que o governador está sendo mal assessorado. Quem está passando as informações para ele não tem conhecimento real do que é a atribuição de um policial penal, da complexidade, da exigência e dos riscos que corre", acrescentou.

Contudo, apesar das críticas ao governo, o deputado também afirmou que o período de final de ano não foi o melhor momento para deflagração da greve. À reportagem, o parlamentar disse ainda que reuniões junto ao representante do Executivo seriam uma melhor alternativa ao movimento.

"Não posso afirmar que a greve é o melhor instrumento. Eu, no meu ponto de vista, o melhor instrumento seriam as reuniões entre as duas partes vendo os números, os dados. O pedido deles é completamente justo, tendo em vista a complexidade do cargo exercido", ponderou.

Tendo atuado na presidência do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso, o deputado foi eleito sob a bandeira da Segurança Pública e se aproximou do governo dentro da Assembleia Legislativa, tendo se tornando inclusive membro da base.

Com a deflagração recente da greve, contudo, João Batista saiu da base do governo defendendo a manutenção de uma suposta coerência junto à base que o elegeu.

Falta de diálogo

Questionado sobre os apontamentos do movimento quanto a uma falta de diálogo por parte do Estado, o deputado afirmou que tem tentado diálogo com o Executivo assim como outro parlamentares a respeito da greve.

Em uma das conversas, o governo teria inclusive tentando uma ponte com o movimento garantindo uma reunião com os manifestantes no próximo dia 5, desde que a paralisação fosse suspensa.

Contudo, o diálogo não evoluiu, uma vez que os manifestantes definiram em Assembleia que só estabeleceriam conversa durante o período de greve.

Por fim, João Batista afirmou que os deputados, quando a Assembleia retornas às atividades, apreciarão a possibilidade de um diálogo entre a Casa de Leis e o governo quanto a um acordo para o fim do movimento grevista.