em sessão acalorada 22.10.2025 | 14h18
allan@gazetadigital.com.br
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Em meio a uma sessão marcada por discussões acaloradas e momentos de confusão, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou nesta terça-feira (22) o projeto de lei que concede reajuste salarial de 6,38% aos servidores do Tribunal de Justiça (TJMT). A categoria, que lotou as galerias da Casa de Leis, chegou a ameaçar deflagrar greve caso a proposta não fosse votada.
O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) chegou a solicitar que a votação ocorresse de forma nominal, para que ficasse registrado o posicionamento de cada parlamentar, mas o pedido foi negado. Durante a manhã, a sessão chegou a ser suspensa por falta de quórum, após parte dos deputados deixar o plenário. O texto acabou sendo apreciado no período da tarde, quando o presidente da Assembleia, deputado Max Russi (PSB), reabriu os trabalhos e colocou a proposta em votação.
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Defendendo a aprovação, diversos parlamentares argumentaram que a medida representa respeito à autonomia do Poder Judiciário. “Gostaria de encaminhar com os deputados do MDB que votassem favoravelmente à pauta do Poder Judiciário. É o encaminhamento enquanto líder do partido. Os deputados têm toda a liberdade de tomar sua decisão, mas o encaminhamento do MDB é favorável à proposta do Judiciário”, afirmou a deputada Janaina Riva (MDB).
Ela também rebateu rumores de que o presidente do TJMT, desembargador José Zuquim Nogueira, seria contrário ao reajuste. “Gostaria de desmentir uma notícia que soltaram dizendo que o presidente do Tribunal estaria contra a proposta. Isso é mentira e eu tenho áudio no meu telefone. Se o deputado Max propuser qualquer melhoria para o servidor da AL e o governo vetar, pra mim isso é uma interferência no orçamento da Assembleia. Cada poder tem o seu orçamento”, declarou.
Durante a checagem dos votos, houve novo tumulto na Mesa Diretora. Alguns deputados pediram a recontagem do resultado, mas Russi confirmou a aprovação do projeto. “É a primeira votação, pediram para não ser nominal. Eu atendi o pedido. Tinha duas mãos levantadas, foi feita a contagem e não havia oito votos contrários. Agora já tem, mas não tem como eu voltar a votação. Vai ter a segunda votação ainda e vamos seguir”, afirmou Max Russi.
O clima tenso culminou em troca de farpas entre Russi e Janaina Riva. “Isso serve, Janaina, para você que queria falar que não tem confusão na Assembleia”, ironizou o presidente ao encerrar a sessão.
A proposta ainda passará por segunda votação antes de seguir para sanção.
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