DEPOIMENTO À PF 10.05.2021 | 11h29

pablo@gazetadigital.com.br
Otmar de Oliveira
Em depoimento à Polícia Federal, o empresário Dalmi Defanti, dono da gráfica Print, afirmou que "devolveu" dinheiro para a campanha do então candidato ao governo Pedro Taques (SD) em 2014. A declaração ocorreu dentro do inquérito da Justiça Eleitoral que apura suposta prática de caixa 2 eleitoral, conforme a colaboração premiada do empresário Alan Malouf.
Segundo o depoimento do empresário, ele se reuniu no início da campanha no apartamento de Pedro Taques, juntamente com Alan Malouf, onde ficou acordado que Defanti doaria à campanha em forma de serviços gráficos. "Que ao final de outubro, após a eleição, foi procurado por uma pessoa do comitê da campanha de Pedro Taques sugerindo que seria melhor que a Gráfica Print (...) Que a proposta era de que a campanha eleitoral de Pedro Taques faria o depósito integral dos valores constantes nas notas ficais emitidas e o declarante devolveria parte referente às doações".
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Defanti diz que chegou a resistir a proposta, mas que "sentiu-se coagido a agir dessa forma por se tratar de ex-membro do Ministério Público, atual senador e governador já eleito".
"Que diante da impossibilidade de voltar atrás, agiu conforme exigido pela coordenação da campanha; Que desta forma, entre o final de outubro e início de novembro de 2014, a campanha eleitoral de Pedro Taques depositou os valores na conta da Gráfica Print; Que logo depois o declarante sacou a quantia total de aproximadamente R$440.000,00 da conta bancária da Gráfica Print; Que tais saques foram fracionados em vários valores e dias diferentes; Que houve prestação de produtos/serviços gráficos em valor excedente aos R$ 2 milhões, com valor correspondente à diferença de R$909.061,88 e o valor de R$440.000,00; Que após a realização dos saques, entregava tais quantias em espécie para mensageiros enviados pela direção da campanha; Que os valores eram entregues na sala do financeiro da empresa Gráfica Print; Que o declarante não se recorda quem foram as pessoas responsáveis por buscar os referidos valores", disse em seu depoimento.
As declarações coincidem com o que Alan Malouf disse em sua colaboração premiada junto à Procuradoria Geral da República (PGR) em 2018, de que coordenou um grupo de empresários para levantar recursos para a campanha de Taques, com objetivo de pagar dívidas de campanha via caixa 2.
Outro lado
Procurado pelo
Pedro Taques disse que nunca pediu nada ilícito para Dalmi Defanti e que o próprio empresário confirmou que ele tinha afirmado que não teria direcionamento em sua gestão. "Ele não sabe quando deu, pra quem deu [devolução de dinheiro]. Só fala que seria alguém da coordenação da campanha. Não tenho que provar nada, não fiz nada de errado. Quem cometeu algum crime que seja responsabilizado", disse Taques.
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