Federação avisa Fávaro que ex-reitora será candidata ao governo

A Federação Brasil da Esperança, formada pelo PT, PCdoB e PV, comunicou o coordenador da campanha de Lula (PT) e Alckmin (PSB) em Mato Grosso, senador Carlos Fávaro (PSD), que a ex-reitora da UFMT, professora Maria Lúcia (PCdoB) será a candidata da frente ao governo do Estado. A informação foi dada nesta terça-feira (26), após o senador divulgar que não pretende disputar o governo do Estado.   

Durante o encontro Fávaro explicou os seus motivos de não aceitar o convite da federação, afirmando que o seu projeto central será na eleição de Lula. Já a federação, compreendeu os motivos de Fávaro e seguirá o projeto de candidatura própria.  

Leia também - Virgínia Mendes passa mal em SP e governador cancela agenda

A federação também se reunirá com o deputado federal e candidato a senador, Neri Geller (PP), para reafirmar o nome de Maria Lúcia e deixar a vaga para o progressista, desde que ele apoie a candidatura do grupo ao governo.  O grupo também deverá se reunir com o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), um dos articuladores da chapa de oposição. Isso porque parte da federação defende que, caso Geller não entre de cabeça na campanha ao governo da Federação, que a aliança seja desfeita e que a primeira dama, Marcia Pinheiro (PV), seja o nome ao senado do grupo.  

Logo após o anúncio de Fávaro, Emanuel Pinheiro afirmou que o grupo teria um 'plano B', e que a decisão de Fávaro já era esperado pelo grupo. No entanto, o prefeito da capital afirmou que espera que Fávaro comunicasse primeiramento o grupo e não a imprensa. "Mas ele deve ter os motivos dele", disse Pinheiro na segunda-feira (25).  

O recuou de Fávaro é mais uma articulação para que o governador Mauro Mendes (União) abra o seu palanque para a disputa ao Senado, sem ter o senador Wellington Fagundes (PL) como candidato na sua chapa. Em troca, Mendes conseguiria evitar o racha definitivo do grupo.  

Nos bastidores, a informação é de que Mendes também aceitará outros presidenciáveis em seu palanque, mesmo declarando apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).