Fusão de secretarias impactará em cerca de 60 demissões

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), anunciou novas mudanças na área administrativa da Prefeitura de Cuiabá. Durante coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (4), o gestor confirmou a fusão de pastas, que agora dão origem a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Turismo e Agricultura. A justificativa é que a medida, somada a outras fusões, impactará em economia de R$ 15 milhões ao erário até o fim do ano.

Segundo ele, as alterações são necessárias diante do cenário financeiro enfrentado pela prefeitura, mas sem comprometer os resultados da gestão. 

“A gente não pode reduzir gastos perdendo eficiência. Eu acho que isso é um grande erro. Quando você vem com a discussão: ‘ah, vai reduzir gastos e tira a eficiência’, não adianta. Aí você perde gasto e você perde resultados. Então, nós vamos diminuir gastos e manter a eficiência”, garantiu Brunini.

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As mudanças dão continuidade a um plano anunciado por Abilio no dia 27 de agosto. Na última terça-feira (2), a Câmara de  Cuiabá aprovou o pedido do prefeito para a união da Educação, Esporte e Cultura.

O prefeito também ressaltou que cada área continuará com autonomia orçamentária, mesmo após a fusão. “O orçamento da cultura, o planejamento orçamentário dele inteirinho se faz ainda pelo secretário de Cultura, o Johnny Neves. O planejamento do esporte, todo o planejamento orçamentário do esporte se faz pelo secretário de Esporte, e na educação sucessivamente”, explicou.

Ao ser questionado se a mudança não significaria desprestígio aos atuais secretários, Brunini negou. “Não é o desprestígio, muito pelo contrário. Se você tem grandes jogadores dentro do seu time, você não vai querer perder esse grande jogador dentro do time e ter um elenco desfalcado só porque você tem um discurso da economia. A economia precisa ser associada à eficiência. Economia sem eficiência não é economia. É desprestígio e má aplicação”, disse.

Além da fusão, o prefeito destacou que as mudanças incluem a redução de contratos e cargos. “As demissões, eu acredito que vão chegar a umas 60 no total, porque são sistemas que vão acabar se fundindo e vai ser terceirizado principalmente. Acaba reduzindo um contrato, dois, e vai ficando um contrato só”, afirmou.

Brunini reforçou que as medidas são uma resposta às dificuldades financeiras impostas por dívidas herdadas. “Nós não sabíamos que tínhamos que cortar dentro do nosso orçamento R$ 160 milhões em precatórios. Isso não estava na previsão orçamentária, isso não estava na LOA, e isso veio numa decisão do Tribunal de Justiça de que nós deveríamos cumprir um quinto da dívida de precatórios por ano. Não tem orçamento para isso. Onde que eu vou tirar R$ 160 milhões de reais?”, questionou.