PREJUÍZOS PARA MT 03.07.2023 | 11h18
pablo@gazetadigital.com.br
Secom
Governador Mauro Mendes (União) criticou o empenho do presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP-PI) em determinar a votação da Reforma Tributária para esta semana. Segundo o governador, é muito ruim aprovar um projeto tão importante a "toque de caixa".
“É muito ruim um projeto que ficou em hibernado aí na expectativa de quase 3 décadas, quando ele sai do forno ele precisa ser melhor conhecido, compreendido. Porque se ele é bom, não precisa ter medo, se ele é bom pros brasileiros, se nenhum privilégio. Mas eu já vi que tem, sim, privilégio pras grandes indústrias e principalmente pros exportadores”, disse o governador nesta segunda-feira (3).
Entre as críticas, está a isenção de impostos para as grandes indústria, principalmente as que mais exportam do país. “É inadmissível que nós tenhamos uma isenção completa de algumas cadeias, que vão deixar de pagar imposto no Brasil e são empresas que nos apresentam lucros exorbitantes”, reclamou.
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“Um exemplo é a Vale do Rio Doce que o ano passado teve um lucro de R$ 95 bilhões, e que se passar a reforma como está hoje, além de já ter um lucro astronômico, ela não vai pagar nem um imposto na sua cadeia e tudo que for pago ela vai ser ressarcida no final. E quem vai então financiar imposto no país, quem vai financiar serviço de segurança, de saúde. Se os grandes não vão pagar, é porque a classe média, o trabalhador, vai acabar tendo que pagar mais imposto”, completou.
O governador afirmou que estará em Brasília a partir de amanhã (4) e só retornará na sexta-feira (7), quando está previsto a conclusão da votação na Câmara. Mendes afirma que irá buscar outros governadores dos estados e principalmente o relator para ouvi-lo novamente, já que o mesmo não atendeu as demandas do Estado.
“Amanhã eu devo ter um encontro governador Tarcísio, com outros governadores. Vou tentar falar mais uma vez com o Agnaldo [relator], falei muitas vezes, mas no final o relatório saiu muito diferente daquilo que nós havíamos conversado.
O relatório [da Reforma Tributária] aponta várias divergências e discrepâncias e principalmente prejuízos que Mato Grosso pode ter. E nós não vamos aceitar”, finalizou. Segundo levantamento do governo do Estado, Mato Grosso perderia R$ 7 bilhões por ano em receita, além do fim do Fethab e dos incentivos fiscais para indústrias.
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