CONTRA A GESTÃO EMANUEL 10.05.2021 | 17h30

pablo@gazetadigital.com.br
Mayke Toscano/Secom-MT
O governador de Mato Grosso Mauro Mendes (DEM) afirmou que existe 'algo estranho' na Prefeitura de Cuiabá, já que mais uma vez um secretário da capital foi afastado após mais uma operação policial para investigar possíveis irregularidades, desta vez, na contratação dos semáforos inteligentes por R$ 15.4 milhões.
A declaração ocorreu nesta segunda-feira (10) após ser questionado como ele avalia o trabalho da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), que já foi acusada pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) de estar perseguindo a sua gestão a pedido do governador.
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"A Polícia Civil, como o Ministério Público, tem que atuar onde tem corrupção. Se está tendo corrupção em qualquer lugar, qualquer prefeitura. Agora me parece que na Prefeitura de Cuiabá tem algo estranho ali. Cinco secretários afastados por corrupção já. Tá errado a Deccor? Está errado o Ministério Público? Ou está errado alguma coisa lá dentro? Essa que é a pergunta que está no ar", disse o governador.
Mendes voltou a afirmar que nunca interferiu na Polícia Civil e que não conhece os nomes dos delegados que atuam na Deccor. Segundo ele, na sua gestão, todo o segundo escalão é definido pelos próprios secretários. "Eu não interfiro porque eu cobro deles, e eles que têm o dever de escolher boa equipe, formar boa equipe. Porque o pau vai comer no lombo deles. Então eu dou a liberdade a todo mundo pra montar suas equipes", disse.
Para o governador, dizer que a Deccor estaria agindo politicamente é "desviar o foco", e que Emanuel Pinheiro deveria justificar os problemas que estão em sua gestão. "Então é mais fácil desviar dos fatos e tentar criar uma narrativa diferente. Eu espero que a Deccor, que o Ministério Público Estadual, Federal, que o Tribunal de Contas façam o seu papel, doa a quem doer", completa.
O governador ainda disse que os órgãos podem inclusive investigar a sua gestão e o seu mandato e, que qualquer ato errado, que as autoridades atuem. "Pegue, pau em todo mundo. Eu nunca pedi, nunca mandei. Então, tenho a tranquilidade de dizer isso, porque nunca ninguém vai dizer, ah, tô fazendo isso aqui porque governador Mauro Mendes pediu. Diferente de outros lugares, por aí, que existem notícias que a corrupção que envolve muita gente", afirmou.
"Eu estou muito tranquilo com relação ao trabalho da Deccor. Espero que todos cumpram o seu papel e que possa realmente penalizar quem tiver fazendo alguma coisa errada, esteja aonde estiver", apontou.
Denúncia
No final de 2019 o prefeito Emanuel Pinheiro protocolou uma denúncia na Assembleia Legislativa, acusando o governo de estar usando a Deccor politicamente a sua gestão. A denúncia coincidiu com a troca do comando da Defaz (Delegacia Fazendária), onde os delegador Anderson Veiga e Lindomar Tofoli foram retirados e remanejados para outras delegacias.
O governador não justificou a troca, seja por produtividade ou por algum problema. Apenas falou que com a criação da Deccor, a Defaz não necessitaria de ter mais delegados. Veiga e Tofoli são considerados os dois delegados mais 'casca grossa' no combate à corrupção.
Operação Sinal Vermelho
Na última semana, a Deccor deflagrou a Operação Sinal Vermelho que culminou na exoneração do secretário de Mobilidade Urbana de Cuiabá, Antenor Figueiredo. A gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) acumula 5 baixas no staff. A decisão em torno do afastamento de Antenor foi proferida pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá.
A magistrada constatou irregularidades no sistema de semáforos inteligentes da Capital após auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Além de Antenor, outros quatro membros do alto escalão da gestão Pinheiro já haviam sido afastados de suas funções na Prefeitura, são eles: secretário de Saúde Huark Douglas; secretário de Educação Alex Vieira; procurador-geral do Município Marcus Brito e o secretário de Saúde Luiz Antônio Possas de Carvalho.
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