Mauro pontua que pode judicializar vetos derrubados na AL

Após garantir que não iria judicilizar a derrubada dos vetos feito pela Assembleia Legislativa, o governador Mauro Mendes (DEM) voltou atrás e disse que estuda medidas judiciais em relação aos projetos de isenção total da energia solar e à vacinação de todos os profissionais da educação como condicionante para o retorno das aulas.  

Mendes disse que o assunto está na Procuradoria Geral do Estado (PGE), e que tais judicialização faz com que o governo gaste muita energia para 'desfazer lambanças' da Assembleia.   "Chega a um ponto que você cansa, gastando tempo com essas coisas. Mas nós estamos estudando, não tem problema eu voltar atrás. Eu explico para a população e digo: Olha voltei atrás. Inicialmente  não ia judicializar, mas nós estamos estudando, principalmente nesse caso da educação porque eu acho uma injustiça, os filhos da educação publica de Mato Grosso ficarem tanto tempo parado", disse o governador.  

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Mendes afirmou que não tem certeza se as aulas da rede estadual de ensino retornarão no próximo dia 3 de agosto como estava planejado pela secretaria de Estado de Educação (Seduc), e reafirmou que estudará judiciais neste quesito.  

"Saiu uma resolução do Conselho Nacional de Educação dizendo que deve voltar as aulas. Já tem município que voltou, outros querendo voltar. As escolas privadas estão com aulas. Eu até falei que tem filho e netos de deputados que estão estudando em escolas privadas. Qual é essa lógica, será que algum deputado consegue me explicar? Ficam jogando pra galera, mentindo pra população. Precisamos de pessoas mais sérias na política", reclamou.    

O governador também não poupou críticas aos deputados estaduais. Segundo o chefe do Poder executivo do Estado, a Assembleia exige que suas leis sejam cumpridas, porém, estaria desrespeitando as leis federais e a Constituição.  

"No caso da energia solar o governo sempre foi a favor da isenção. Mas alguns mentem pra população dizendo que o governo taxou. Mentira, o governo não taxou, essa lei é de 2015, a Energisa estava aplicando errado, passou a aplicar certo. Nós trilhamos o correto pedindo a isenção para Confaz e eles negaram. Ai eu vetei e eles derrubaram o veto", lembrou.  

"É óbvio que isso não vai parar de pé. E eles sabem disso e estão jogando para galera, estão mentindo para população pra ganhar alguns votinhos. A vacinação dos professores, qual a diferença entre o professor e os funcionários privados. qual a lógica?", completou.