AMIGOS E RIVALIDADE 02.07.2019 | 10h41
pablo@gazetadigital.com.br
Montagem/Gazeta Digital
(Atualizada às 14h10) O governador Mauro Mendes (DEM) mandou o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo Oliveira, "ler e entender" o projeto de lei que altera as regras e percentuais para a concessão de incentivos fiscais em Mato Grosso. Veja nota da Fiemt.
A declaração é uma resposta às críticas feita por Oliveira, que afirmou que o projeto do governo causará desemprego e insegurança jurídica aos empresários.
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Para Mendes, Gustavo OliveIra é um dos responsáveis pela crise no Estado, que gerou insegurança jurídica para os empresários mato-grossense.
"Quero dizer a ele que foi membro do governo por 3 anos, sendo secretário de Fazenda por um ano e meio, e eles entendem muito bem de segurança jurídica porque durante o período deles no governo, eles geraram 130 ações na Justiça contra o Prodeic", disse o governador nesta terça-feira (2).
O governador lembrou que Gustavo Oliveria era membro do governo Pedro Taques (PSDB), que teria deixado "um rastro terrível pra trás".
"Porque eles deram como outros governos também deram, incentivos fiscais sem ter previsão em lei orçamentária. Isso gera um enorme passivo e extrema insegurança. Aliás, isso é crime, foi cometido crime durante anos. Isso não é um problema meu, e sim do Ministério Público e do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE)", afirmou Mauro Mendes.
O chefe do Poder Executivo também afirma que Gustavo Oliveria teve participação na crise que fez com que quase 22 mil empresas fechassem no Estado.
"Desemprego aconteceu em Mato Grosso em muitas empresas ligadas ao Prodeic. Desempregos eles geraram em mais de 11 mil empresas que eles compraram e não pagaram, geraram muito desemprego sim. Geraram desemprego em dezenas de obras que eles iniciaram e paralisaram por falta de pagamento, desemprego eles geraram quando deixaram um estado totalmente quebrado, não pagou 13º, não pagou folha, não pagaram dezenas de fornecedores na saúde, na infraestrutura, deixaram um rastro terrível em Mato Grosso", atacou Mauro Mendes.
Mendes conclui dizendo que o projeto de Lei é um enfrentamento necessário, "para corrigir, inclusive, Incentivos Fiscais, que determinado governador confessou que vendeu a determinado setores".
"Nós estamos sim, cortando esses incentivos porque nós temos coragem de fazer correção de rumos, e muita coisa errada que foi feita nesse estado durante muito tempo", concluiu.
Gustavo Oliveria havia declarado nesta segunda (1) que a proposta do governo aumenta a insegurança jurídica e levará ao aumento de desemprego.
Para ele, o ncessário seria que o governo convalidasse todos os incentivos e depois iniciasse o processo de debate com o setor.
"Porque o governo quer junto com o projeto de convalidação e reinstituição promover uma mini-reforma tributária que, alias, não é mini, ela é macro, ela muda muito o sistema de tributação do Estado sem discussão com a sociedade", disse.
Amizade e política
Gustavo Oliveira e Mauro Mendes até então era considerados amigos. O atual presidente da Fiemt chegou a coordenar umas das campanhas eleitorais do hoje democrata.
Nota à imprensa
A diretoria da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) lamenta a personificação dada pelo governador Mauro Mendes à discussão sobre os incentivos fiscais, demonstrada em comentários pessoais direcionados ao atual presidente desta casa, Gustavo de Oliveira.
Os posicionamentos públicos do presidente da Fiemt refletem o entendimento dos 64 membros da diretoria da entidade, que representa 38 sindicatos empresariais da indústria e que já foi presidida pelo atual governador.
Não podemos perder o foco do que precisa ser debatido, que é o futuro do desenvolvimento de Mato Grosso, o apoio à industrialização, à geração de empregos e ao crescimento econômico. Qualquer coisa fora disso não contribui para o processo.
Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt)
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