Publicidade

Cuiabá, Sexta-feira 05/09/2025

Política de MT - A | + A

DEU EM A GAZETA 26.02.2024 | 08h22

MP denunica município, vereador e pastores por crimes de ódio contra LGBTs

Facebook Print google plus

Reprodução/Redes Sociais

Reprodução/Redes Sociais

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) ingressou com uma ação civil pública de indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 803 mil contra o município de Cáceres, o vice-presidente da Câmara Municipal, vereador Pastor Júnior (Cidadania), os pastores Gualterney Campos de Morais, Isaque Alves Barbosa, e um adolescente por crimes de ódio contra a população LGBTQIAPN+.

 

É a primeira vez que se tem notícia no país de uma denúncia por discurso de ódio contra um município. O caso se refere a ao encontro ‘Os Pastores das Igrejas Unidas por Cristo - A Família é um Projeto Eterno’, que ocorreu em abril do ano passado na sede do Legislativo municipal. A reunião buscava discutir o projeto de lei 08/2023, que institui o Dia do Orgulho LGBTQIA+ no calendário oficial de Cáceres.

 

Os promotores de Justiça Liane Amélia Chaves, Augusto Lopes dos Santos e Henrique Schneider Neto pedem a condenação dos envolvidos de forma solidária ao ressarcimento pelos danos morais coletivos causados aos direitos da população LGBTQIAPN+ em valor não inferior a R$ 803 mil.

 

Segundo o MP, o valor sugerido tem por base à repercussão da notícia na época no Google, que totalizou pelo menos 1.460 menções. Para o cálculo, foi fixado valor não inferior a meio salário mínimo atual (R$ 550,00) por menção ao fato na internet.

 

Durante o referido evento, os participantes fizeram declarações homofóbicas e transfóbicas. A gravação foi reproduzida em outros canais de pessoas ligadas ao movimento LGBTQIA+. No vídeo, o vereador Pastor Junior afirmou que a abertura de políticas públicas para a comunidade LGBTQIA+ seria uma forma de privilégio. ‘Quando falam por aí que vão abrir uma clínica em Cáceres, que vai dar prioridade para o grupo LGBT no atendimento. Gente, isso é privilégio!’

 

Já o pastor Izaque Alves Barbosa afirmou que, caso seja aprovado o Dia do Orgulho LGBTQIA+, os símbolos cristão serão vilipendiados e os líderes cristãos desrespeitados. Em janeiro deste ano, i MP já havia denunciado criminalmente os pastores Gualterney Campos de Morais e Izaque Alves Barbosa pelo crime de homofobia.

 

Durante a investigação da Policia Civil, o delegado Marlon Richer Nogueira, que indiciou os pastores, afirmou que as declarações dos pastores foram ‘repletas de elementos que excluem, inferiorizam e subjugam a comunidade LGBTQIA+, se amoldam a tipificação de praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional’. A reportagem não localizou o vereador e os pastores para comentarem a denúncia.

 

Leia mais sobre Política na edição do Jornal A Gazeta

 

 

Voltar Imprimir

Publicidade

Comentários

Enquete

Na última semana do Agosto Lilás, foi barrada a CPI do Feminicídio na Assembleia. O que você acha disso?

Parcial

Publicidade

Edição digital

Sexta-feira, 05/09/2025

imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
btn-4

Indicadores

Milho Disponível R$ 66,90 0,75%

Algodão R$ 164,95 1,41%

Boi à vista R$ 285,25 0,14%

Soja Disponível R$ 153,20 1,06%

Publicidade

Classi fácil
btn-loja-virtual

Publicidade

Mais lidas

O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.

Copyright© 2022 - Gazeta Digital - Todos os direitos reservados Logo Trinix Internet

É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.