alvo de denúncia 04.09.2025 | 12h15
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De volta à Câmara Municipal de Cuiabá, nesta quinta-feira (4), após decisão da Justiça que autorizou o seu retorno ao cargo, o vereador Chico 2000 (PL) afirmou que “nunca teve uma relação cordial” com o prefeito Abilio Brunini (PL). O gestor da Capital foi o autor da denúncia que culminou no afastamento do liberal em esquema de recebimento de propina que também envolve o vereador Sargento Joelson (PSB).
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Em entrevista à imprensa, o parlamentar não poupou críticas e fez questão de frisar que jamais teve proximidade com o gestor. “Todos sabem que a relação entre o vereador Chico 2000 e o prefeito Abilio nunca foi cordial. Os momentos que houveram entre cordialidades entre nós, estes partiram de mim. O momento de hastear bandeira branca, este hasteamento foi feito por mim. Nunca houve qualquer ato nesse sentido partindo do Abilio”, afirmou.
Chico relembrou ainda um episódio ocorrido quando presidia a Câmara, em que Abilio, então vereador cassado, o procurou para retirar um recurso que tramitava no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e poderia deixá-lo inelegível.
“Inclusive, quem desistiu de uma ação que o deixaria inelegível no STJ, fui eu a pedido dele. Ele esteve na presidência com lágrimas escorrendo nos cantos dos olhos e me pediu. Eu não quero ser pivô de prejudicar quem quer seja”, relatou.
Apesar das mágoas pessoais, Chico 2000 evitou se declarar opositor direto ao prefeito Abilio. Disse, no entanto, que fará uma análise criteriosa das mensagens enviadas pelo Executivo.
“Nunca fui oposição, sempre ajudei Cuiabá. Mas agora, é natural que eu vou analisar muito bem as mensagens do Executivo que vierem para essa Casa. Se eu entender que são positivas, terão meu voto, caso contrário, não”, afirmou.
Chico ainda disse que foi pego de surpresa pela Polícia Federal (PF) e rachaçou as investigações. "De forma surpresa quando bateram na minha porta, reviraram o que quiseram, não encontraram nada. Mais um absurdo, um ato de pirotecnia", criticou.
Situação no PL
Outro ponto sensível é a situação do vereador dentro do PL. Nos bastidores, comenta-se que Chico tem sido isolado pela legenda e já conta com uma carta de liberação partidária. Apesar disso, ele garantiu que sua saída não será ditada por pressões.
“Continuo filiado no PL, tenho uma carta de liberação do partido. Agora, o momento da saída é meu, não do Partido Liberal. Estou na sigla há mais de 22 anos, quando a grande maioria está há 1 ano. Não me sinto pressionado a sair de jeito nenhum”, disparou.
Investigação e afastamento
Chico 2000 e Sargento Joelson foram afastados em abril, alvos de uma operação da Polícia Civil que apura um esquema de corrupção no Legislativo municipal. A investigação aponta o pagamento de propina para garantir a aprovação de projetos que viabilizavam o repasse de dívidas da Prefeitura a uma empreiteira responsável pela obra do Contorno Leste.
O inquérito da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) traz trocas de mensagens e áudios em que Joelson cita, ainda que indiretamente, o envolvimento de Chico 2000, então presidente da Casa, no esquema. Segundo a Polícia, os pagamentos variavam de R$ 25 mil a R$ 50 mil semanais.
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