aumenta crimes 07.05.2019 | 09h47

thalyta@gazetadigital.com.br
Marcus Vaillant
O fechamento da Cadeia Pública de Aripuanã (1.002 km a Noroeste de Cuiabá), não só desagradou os agentes penitenciários, como incomodou os moradores do município. Para evitar que a unidade penitenciária seja fechada, o prefeito Jonas Rodrigues da Silva (PR), veio a Cuiabá na segunda-feira (06) recorrer à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ao governo do Estado.
A primeira manifestação contrária ao fechamento foi do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen-MT), que divulgou uma nota no domingo (05), afirmando que o fechamento ocorreu porque o governo não tinha recursos para contratar os 18 agentes penitenciários, um médico e um enfermeiro que a Justiça determinou.
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Segundo o prefeito, a retirada da cadeia pública trará grande impacto para o município, que está em expansão. “Fomos pegos de surpresa. Para nós foi uma situação bem delicada, constrangedora. Estamos recebendo um empreendimento muito grande, na envergadura de R$ 1,2 bilhão e tem uma migração muito forte de pessoas para o nosso município, além de contar também que nós temos setor mineral, que está em uma intensidade muito grande também”.
Por causa dessa migração, o número de crimes também teria aumentado, o que torna a cadeia ainda mais necessária. “Nós já estamos sofrendo, estamos sem um juiz na cidade, sem delegado e agora vem uma situação dessas, sem ter cadeia pública funcional”, afirma o prefeito.
Silva enfatiza que o município mais perto com cadeia pública é Juína, que está a 150 quilômetros de estradas de terra. “Se o cidadão for preso, vai para a delegacia e lá provavelmente deve ficar em uma cela improvisada até que se comunique Secretaria de Segurança e cadeia mais próxima. Isso pode demorar 30 horas, 72 horas. E não tem estrutura, são duas celas bem pequenininhas”.
Outro ponto problemático apontado pelo prefeito é que a além da estrutura física, a Delegacia não tem estrutura profissional para ficar com as pessoas detidas. “As pessoas que estão lá, são policiais que estão na rua trabalhando. Então, quem vai dar segurança para a delegacia quando tiver preso lá dentro? Não vai ter. O policial não vai virar carcereiro. Esperamos que reverta o mais rápido possível”.
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evaldo steinbach - 07/05/2019
Se este prefeito estivesse realmente preocupado com seu município e não com as verbas que irá perder, estaria soltando fogos de felicidade. Presidio só faz aumentar os delitos nas cidades em que são implantados, junto com os detentos, geralmente vem as famílias e em muitos casos, com as mesmas qualidades dos detentos, o que consequentemente irá fazer aumentar os delitos, para que os mesmos tenham meios para se manter perto de seus parentes já presos. Sem falar nos albergados, que quando liberados, sem ter onde ir, acabam permanecendo na cidade e adivinhem o resultado?
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