chamou de 'bosta' 20.08.2025 | 17h19
redacao@gazetadigital.com.br
Fred Moraes/GD
O secretário estadual de Educação, Alan Porto, repudiou o comentário do prefeito Abilio Brunini (PL), que chamou o ensino da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) de "uma bosta". Além de atacar a instituição de ensino superior, o chefe do Alencastro também declarou que o governador Mauro Mendes (União) não tem o que comemorar diante da educação de Mato Grosso em 8ª posição no ranking nacional.
"Outra fala infeliz do prefeito de Cuiabá. A gente diminuir o trabalho de todos esses doutores, mestres, profissionais da Universidade Federal de Mato Grosso. A gente reduzir a universidade a uma fala dessa é muito ruim", argumentou o secretário, durante evento nesta quarta-feira (20).
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Porto ainda lembrou que o governador Mauro Mendes e o secretário de Fazenda, Rogério Gallo, são formados na universidade e, segundo ele, exemplos de profissionais.
"[Lá] passaram vários notáveis, vários professores que dão aula para a gente hoje, de excelente qualidade, inclusive nosso governador, fez engenharia elétrica, nosso Rogério Gallo, fez Direito, profissionais extremamente qualificados", elencou.
As críticas de Abilio ao ensino público não são novidades. Na última semana, ele abordou uma aluna e, enquanto gravava, fez perguntas sobre a tabuada. A estudante de escola estadual errou e foi ridicularizada perante os colegas que assitiam à cena.
A fala da última terça-feira (19), sobre a universidade pública, repercutiu mal no âmbito acadêmico e no campo político. A UFMT emitiu uma nota manifestando "perplexidade e indignação diante das declarações do prefeito de Cuiabá".
"Declarações que desqualificam, de maneira genérica e ofensiva, o trabalho de milhares de docentes, técnicos e estudantes não atingem apenas a comunidade universitária, mas desrespeitam também a sociedade que sustenta e se beneficia do papel social da Universidade", diz trecho da nota.
O secretário de Educação reconheceu problemas na universidade, como os recentes casos de insegurança dentro do campus, mas especificou que nenhum desses aspectos desqualifica a educação pública.
"É claro que têm alguns pontos que precisam melhorar, como a insegurança no ambiente. Agora, por conta desses motivos, diminuir o trabalho pedagógico, a qualidade do ensino, é muito ruim", concluiu Alan Porto.
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