OPERAÇÃO GOTA D’ÁGUA 25.09.2024 | 10h01
redacao@gazetadigital.com.br
Reprodução
Pablo Pereira teria tentado impedir a exoneração de Alex Sandro de Proença do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG), após denúncia de cobrança de propina. É o que diz o inquérito da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), na Operação Gota d’Água. O parlamentar também teria utilizado o DAE em prol de sua campanha eleitoral e prometia cargos em troca de apoio político.
Em depoimento o presidente do DAE revelou que Alex Sandro de Proença (um dos membros do esquema criminoso) foi exonerado do cargo que ocupava na Diretoria Comercial em razão da empresa LOGPRO constatar que, no dia 31 de janeiro de 2024, por duas vezes, ele inseriu informações falsas no sistema que gerência do DAE, no caso, sobre inverídico erro de processamento de faturas.
O presidente disse que na época em que tomou a decisão de exonerar Alex Sandro houve notícia, não confirmada, sobre cobrança de propina por parte do servidor contra um amigo do procurador Renan. Porém, como não houve comprovação disso, este fato não foi levado em consideração para a exoneração.
Entretanto, afirmou que quando tomou conhecimento da fraude comunicou o diretor comercial Alessandro Macaúbas (apontado como um dos líderes do esquema) que Alex seria desligado do DAE.
No dia seguinte a isso, Alessandro e o vereador Pablo Pereira foram à sala do presidente para tentar convencê-lo a não exonerar Alex Sandro. O parlamentar chegou a mencionar que, com esta demissão, perderia 30 votos. Os dois ainda disseram que as controladoras do DAE “perseguiam o Setor Comercial”.
Um ou dois dias após esta visita, ainda antes da exoneração, Pablo novamente foi à sala do presidente pedir, mais uma vez, para que não desligasse Alex Sandro. Ele também pediu que exonerasse a chefe da Controladoria, que foi indicação dele. Pediu que no lugar dela fosse nomeado Leandro Humberto de Araújo e indicou outro nome para o lugar de Leandro na Diretoria Comercial.
Os pedidos, porém, não foram atendidos e Pablo indicou outra pessoa para o lugar de Alex Sandro.
A Polícia Civil concluiu que o vereador utilizava seu cargo para interferir no funcionamento da Diretoria Comercial do DAE, além de utilizar o órgão para promoção de interesses pessoais e políticos, com loteamento dos cargos do setor comercial.
“Há elementos concretos a determinar que Pablo Gustavo Moraes Pereira utiliza seu mandato como vereador para exercer pressão política sobre decisões adotadas pela Presidência do DAE/VG, bem como possui vasta vinculação política com o Diretor Comercial da autarquia (Alessandro Macaúbas Leite de Campos), em ordem a determinar a atuação e engajamento de diversos servidores”.
Considerou, ainda, que o parlamentar utilizava a estrutura da Diretoria Comercial em prol de sua campanha à reeleição ao cargo de vereador, havendo, inclusive, promessas de cargo no órgão em troca de apoio político.
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elias - 25/09/2024
nao vi até o momento nenhuma manifestação do união brasil sobre o caso envolvendo o parlamentar da sigla que esta envolvido
1 comentários