reflexos da grampolândia 04.11.2019 | 16h54
vitoria@gazetadigital.com.br
Chico Ferreira
Em acareação remarcada nesta segunda-feira (4), os coronéis da Polícia Militar, Evandro Lesco, e Zaqueu Barbosa mantiveram seus depoimentos anteriores de que a ordem para destruir os grampos partiu do ex-governador Pedro taques (PSDB).
O coronel Airton Siqueira permaneceu em silêncio durante a acareação. Lesco e Barbosa são réus no processo da grampolândia pantaneira.
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De acordo com a delegada responsável pela investigação, Ana Cristina Feldner, a acareação tratou especificamente da destruição dos áudios e grampos e foi proveitosa para dar andamento às investigações. Por enquanto, a apuração tenta resgatar os "embaraços" causados pelo Cabo Gerson, que tentou destruir as provas.
“Se a gente tivesse o material, já seria fácil ver quais números foram i interceptados, por quem, qual período, já teria a prova material. Então temos que produzir essa prova por outras técnicas”, explica a delegada.
Investigados pela grampolândia pantaneira, os coronéis ficaram frente a frente, sendo que Lesco e Zaqueu voltaram a afirmar que a ordem para destruir os materiais foi de Pedro Taques.
“Eles dizem que, realmente, as investigações ainda prosseguem, não está fechada e ainda não há conclusão, mas que a ordem teria partido então do então governador Pedro Taques e eles teriam obedecido essa ordem”, afirma Feldner.Ainda de acordo com Feldner, Siqueira optou por permanecer em silêncio durante a acareação, como uma opção de sua defesa. Era o seu depoimento que tinha pontos de divergência em relação às versões de Lesco e Zaqueu. O ex-governador nega participação no esquema e já pediu para falar durante as investigações.
O fato de ter ficado em silêncio, contudo, não atrapalha nas diligências. “A investigação tem uma dinâmica. A gente costuma até dizer ‘se fosse assim, era sempre todo mundo só ficar calado e a polícia nunca conseguiria ter êxito’. Nós temos outras técnicas também, várias testemunhas e provas técnicas, que vão mostrar qual é a verdade”.
Na próxima quarta-feira (6), começará o julgamento dos militares na Justiça da Polícia Militar. O advogado de Lesco, Stalyn Paniago, relatou que ele está colaborando e esclarecendo todos os fatos.
“A partir desse momento que ele adota uma postura colaborativa, nós queremos nos valer também do benefício da lei e vamos aguardar que o órgão colegiado da justiça milita possa deliberar esses pontos da situação vivenciada por ele. É um dos requerimentos que foram feitos e que pode agracia-lo, não só o coronel Lesco , mas como os demais que se entenderam”, disse.
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