'vantagem eleitoral' 18.02.2025 | 08h32
Reprodução
A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo concluíram que o atentado a tiros contra o ex-prefeito Taboão da Serra, José Aprígio da Silva (Podemos), na campanha de 2024, foi forjado. As autoridades afirmam que o crime foi encenado para dar projeção à campanha de reeleição. O Estadão busca contato com o ex-prefeito.
A investigação aponta que aliados de José Aprígio queriam uma ‘vantagem eleitoral‘ e planejaram o atentado para comover os eleitores. Ele não conseguiu se reeleger. O ex-prefeito é investigado por suspeita de participação no plano. O Estadão apurou que o sobrinho do prefeito, Christian Lima Silva, e três secretários municipais na sua gestão - José Vanderlei (Transportes), Ricardo Rezende (Obras) e Valdemar Aprígio (Manutenção) - também são alvos do inquérito.
Segundo o Ministério Público, há ‘indícios razoáveis‘ de que os aliados do prefeito estão envolvidos em um ‘crime grave cujas impressões iniciais apontam para a hediondez‘ e que causou ‘grande comoção e medo na comunidade local, além da possibilidade de influir diretamente na eleição municipal‘.
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A Polícia Civil e a Promotoria de Justiça de Taboão da Serra deflagraram nesta segunda-feira, 17, a Operação Fato Oculto para aprofundar a investigação. Foram apreendidos celulares, computadores, dinheiro e armas. A Justiça de São Paulo também determinou duas prisões - de Anderson da Silva Moura, o ‘Gordão‘, e de Clovis Reis de Oliveira. Eles teriam feito a ponte entre a equipe do então prefeito e o atirador.
José Aprígio foi atingido na clavícula por um tiro de fuzil. O disparo perfurou o vidro do carro blindado da prefeitura, um Jeep Renegade preto, na rodovia Régis Bittencourt, a BR-116. Vídeos gravados pela equipe do prefeito foram divulgados nas redes sociais. Os carros usados no crime foram encontrados em Osasco - um deles, um Nissan March, estava incendiado e o outro, um Fiat Siena, estava em uma casa.
A arma usada no atentado, um fuzil AK-47, ainda não foi localizada. O atirador, Gilmar de Jesus Santos, está preso desde outubro. Odair Júnior de Santana, que dirigiu o carro usado no falso atentado, é considerado foragido.
COM A PALAVRA, OS CITADOS Até a publicação deste texto, A reportagem do Estadão buscou contato com o ex-prefeito e os demais investigados, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestação (rayssa.motta@estadao.com)
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