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Política Nacional - A | + A

em entrevista 25.06.2025 | 09h00

Haddad cita gasto ‘congelado’ e prevê crédito imobiliário para classe média

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Antonio Cruz/Agência Brasil

Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou com exclusividade RECORD nesta terça-feira (24) que o governo federal não pretende elevar os gastos públicos neste momento.

 

Ao JR Entrevista, Haddad destacou que o debate a respeito de um eventual aumento das despesas “está congelado”, ao defender “parcimônia” e “cautela” para conter a inflação. A entrevista vai ao ar nesta terça-feira, na RECORD News, às 22h30.

 

“Aumento de gasto público é quando tem necessidade de fazer, em que se faz necessário. Estamos num momento que vamos congelar o debate sobre aumento de gastos até encontrar o caminho da sustentabilidade dos gastos. Neste momento, nenhum aumento de gasto é bem-vindo, a não ser os imprescindíveis”, afirmou à apresentadora Tainá Farfan.

 

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“É hora de dar o exemplo e falar: ‘Olha, menos — na situação do Brasil —, menos é mais’. Se formos parcimoniosos, prudentes nas despesas, teremos mais crescimento. Hoje, temos que ser muito cautelosos. O Brasil tem chance de entrar num ciclo virtuoso”, acrescentou Haddad.

 

Taxa de juros


O ministro demonstrou preocupação com a Selic, a taxa básica de juros do país. Na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, em decisão unânime, elevou o índice em 0,25 ponto percentual, para 15% ao ano — o maior valor em quase 20 anos.

 

“Estou preocupado, evidentemente. É uma taxa de juros muito restritiva, muito acima da inflação projetada. Está muito restritiva. Obviamente que as pessoas, naturalmente, se preocupam”, observou, sem deixar de defender o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, indicado por Luiz Inácio Lula da Silva.

 

“Essa alta, sendo muito honesto, quem é do ramo sabe, foi contratada na última reunião da qual participou o Roberto Campos [Neto, ex-presidente do Banco Central], em dezembro [de 2024]. É como se tivesse estabelecido uma contratação futura da taxa. Não da para dar cavalo de pau em política monetária, vai perder credibilidade. Tem que ter muita cautela”, continuou.

 

“E outra, estávamos com problema de inflação, sobretudo de alimentos, que está sendo corrigido agora. Mas, assim, estamos num começo de um mandato [de Galípolo], que carrega a memória do anterior [Campos Neto]. Ainda precisamos dar um pouco de tempo ao tempo”, ponderou Haddad.

 

Crédito imobiliário


O ministro comentou, ainda, uma oferta de crédito imobiliário que deve ser apresentada pelo governo federal em breve. A iniciativa está em fase de debates, segundo Haddad,

 

“O que está faltando acontecer é o crédito imobiliário para a classe média, que ainda é pequeno na comparação internacional — na casa de 10% do PIB. Tem país, como o Chile, que é 30%. Temos uma avenida para percorrer e estamos nesse movimento. Tivemos uma longa reunião com o presidente Lula para explorar novos instrumentos de crédito imobiliário com garantia, para que o juro seja baixo e possamos alavancar essa indústria, fundamental para o país”, destacou.

 

Haddad debateu o assunto com Lula, Galípolo e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, no Palácio do Planalto, na manhã desta terça.

 

“É uma ideia muito interessante e está em desenvolvimento neste momento. Vem sendo gestada há muitos meses. Ainda tem a reta final de ajustes, com o Banco Central, o Ministério das Cidades, a Caixa Econômica Federal. Estamos dando os últimos retoques”, completou.

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