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esquema de combustíveis 28.08.2025 | 15h14

Lula diz que megaoperação contra o PCC é a 'maior resposta' ao crime organizado

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Antonio Cruz/Agência Brasil

Antonio Cruz/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou nesta quinta-feira (28) a megaoperação de diversos órgãos brasileiros contra o crime organizado. A ação, formada por três operações distintas, investiga esquema no setor de combustíveis.

 

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Segundo o petista, trata-se da “maior resposta do Estado brasileiro ao crime organizado de nossa história até aqui”. As operações envolveram equipes da Polícia Federal, Polícia Militar e Promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), além de agentes e fiscais das Receitas estadual e Federal.

 

“Nosso compromisso é proteger cidadãos e consumidores: cortar o fluxo de dinheiro ilícito, recuperar recursos para os cofres públicos e garantir um mercado de combustíveis justo e transparente, com qualidade e concorrência leal”, escreveu Lula, em uma rede social.

 

Entenda operações
As operações, que se concentram em diferentes etapas da cadeia produtiva dos combustíveis, visam apurar supostos crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio, além da suposta ação da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) em postos, refinarias e distribuidoras.

 

As operações são:

- Operação Carbono Oculto, do Ministério Público de São Paulo
- Operação Quasar, da Polícia Federal
- Operação Tank, da Receita Federal e Polícia Federal

 

Ao todo, há 350 alvos de mandados de busca e apreensão, entre pessoas físicas e jurídicas.

 

Setor de combustível
Em maio, o R7 publicou reportagem que mostrava que o setor de combustível tinha pelo menos 941 postos de gasolina sob algum domínio de facções criminosas. De acordo com dados obtidos pela reportagem na época, São Paulo era o estado mais crítico, com 290 postos influenciados ou dirigidos pelo crime organizado; a unidade federativa é seguida por Goiás (163), Rio de Janeiro (146) e Bahia (103).

 

Os dados eram de levantamento feito pelo setor e compartilhado com a reportagem. Para mapear os postos, a pesquisa considerou diversos fatores, como relação de agentes com participações societárias, uso de laranjas e relações entre postos e redes. Hoje, o Brasil tem cerca de 42 mil postos de combustível.

 

A análise revela que os dirigentes e responsáveis por esses postos de gasolina estariam envolvidos em lavagem de dinheiro e envolvimento em operações policiais, além de muitos terem histórico prisional.

 

Operação Carbono Oculto
O MPSP (Ministério Público de São Paulo) afirmou que mais de R$ 7,6 bilhões foram sonegados. Segundo as investigações, mais de mil postos ligados aos investigados movimentaram R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024.

 

Segundo os investigadores, diversas irregularidades foram descobertas em diferentes etapas da cadeia de combustíveis, desde a produção até a distribuição, lesando não só motoristas, mas todo o setor.

 

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional também ingressou com ações judiciais cíveis de bloqueio de mais de R$ 1 bilhão em bens dos envolvidos, incluindo imóveis e veículos, para a garantia do crédito tributário.

 

Um “sofisticado esquema” criado pela facção, possibilitava a lavagem do dinheiro e a obtenção de altos lucros nesta cadeia econômica.

 

“O uso de centenas de empresas operacionais na fraude permitia dissimular os recursos de origem criminosa. A sonegação fiscal e a adulteração de produtos aumentavam os lucros e prejudicavam os consumidores e a sociedade”, disse a Receita Federal.

 

Elas criam modelos de negócio digitais, desburocratizando o acesso a serviços como pagamentos, crédito, seguros e investimentos, com custos geralmente menores.

 

Lavagem de dinheiro
As formuladoras, as distribuidoras e os postos de combustíveis também eram usados para lavar dinheiro de origem ilícita. Há indícios de que as lojas de conveniência e as administradoras desses postos, além de padarias, também participavam do esquema.

 

Auditores-fiscais da Receita Federal identificaram irregularidades em mais de 1.000 postos de combustíveis distribuídos em 10 estados. São eles:

 

- São Paulo
- Bahia
- Goiás
- Paraná
- Rio Grande do Sul
- Minas Gerais
- Maranhão
- Piauí
- Rio de Janeiro
- Tocantins

 

A maioria desses postos tinha o papel de receber dinheiro em espécie ou via maquininhas de cartão e transitar recursos do crime para a organização criminosa por meio de suas contas bancárias no esquema de lavagem de dinheiro.

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