Morre, aos 54, Dante de Oliveira

O ex-governador Dante de Oliveira (PSDB) morreu ontem, às 20h45, vítima de disfunção múltipla dos órgãos e sistemas, decorrente de um choque séptico ocasionado pela pneumonia e diabetes. A morte pegou de surpresa toda a classe política do Estado e uniu tucanos a antigos adversários.

O corpo será velado hoje ao longo do dia na Assembléia Legislativa. O enterro já está marcado para ocorrer às 17h, no cemitério da Piedade, em Cuiabá. Autoridades mato-grossenses e do país inteiro devem comparecer para dar o último adeus ao ex-governador.

De acordo com o boletim médico divulgado às 22h30, Dante morreu por "disfunção de múltiplos órgãos e sistemas com choque refratário decorrente de sepse por pneumonia e com agravamento de miocardite, insuficiência renal e diabetes mellitus descompensado".

Dante morreu no hospital Jardim Cuiabá. Chegou ao local às 8h30, reclamando de um mal-estar. No início da tarde, o quadro se agravou por causa da pneumonia e diabetes. Teve, então, que ser encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde permaneceu até a morte. Durante toda a tarde respirou com ajuda de aparelhos. Antes de morrer, teve duas paradas cardíacas.

O diretor do hospital, médico Arilson Arruda, afirmou que desde a chegada o quadro do ex-governador só piorou. Durante todo o dia, os boletins médicos provocaram desânimo visível nos parentes e amigos do governador. A deputada Thelma de Oliveira, que abriu mão da reeleição para apoiar a nova candidatura do marido a deputado federal, acompanhou o ex-governador durante todo o dia.

Thelma saiu do hospital sem falar com a imprensa, acompanhada de Inês Oliveira, uma das irmãs de Dante. No mesmo momento, o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), comunicava a morte à mãe do ex-governador, Maria Benedito de Oliveira. Com 54 anos de idade, Dante governou Mato Grosso entre 1996 e 2002. Ele foi o autor da emenda constitucional das Diretas Já.