associação criminosa 23.02.2021 | 08h31
Herivelto Batista/Divulgação
A PF (Polícia Federal) indiciou na segunda-feira (22) o presidente do PSD, Gilberto Kassab, por corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral, lavagem de dinheiro e associação criminosa por causa do repasse feito pelo grupo J&F de R$ 58 milhões.
O indiciamento ocorre após a conclusão da investigação da operação Lava Jato iniciada a partir das delações premiadas de acionistas e executivos do Grupo J&F. Além de Kassab, foram indiciados Renato Kassab e Flavio Castelli Chuery pelos mesmos crimes. As penas somam de três a 12 anos de prisão.
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De acordo com a PF, além da colaboração premiada, foram realizadas diversas outras diligências, como quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados e das empresas por eles utilizadas, análise de material em sede de busca e apreensão, análise conversas por aplicativos de mensagens e a oitiva de testemunhas e de outras pessoas relacionadas aos fatos.
A reportagem busca contato com os citados. O espaço está aberto para manifestação.
R$ 58 milhões
De acordo com Raquel Dodge, então procuradora-geral da República em 2018, os colaboradores informaram durante delações um repasse de R$ 58 milhões a Kassab, na época ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, em duas situações distintas. O político nega as acusações.
Na primeira, entre 2010 e 2016, quando Kassab teria recebido R$ 350 mil por mês, totalizando R$ 30 milhões. Segundo a PGR, em troca, o ministro usaria sua influência “em eventual demanda futura de interesse do referido grupo”. Para mascarar os repasses, os colaboradores firmavam contratos fictícios de presatação de serviços com uma empresa de logística, com estreita relação comercial com a J&F.
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