TRE-SP determina que Marco Vinholi não repita fake news contra Tarcísio de Freitas

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) determinou que o presidente do diretório paulista do PSDB, ex-deputado estadual Marco Vinholi, não repita a publicação de um vídeo que considerou conter notícia falsa — fake news — sobre o candidato ao governo Tarcísio de Freitas (Republicanos). Uma liminar já havia ordenado que o material fosse retirado do ar.

A corte entendeu que uma fala de Tarcísio foi tirada de contexto e gerou "desinformação". O discurso foi feito durante sabatina em 24 de agosto, na qual Tarcísio disse: "Alguém me pergunta: 'Você quer ser governador de São Paulo?'. Tem muita gente que quer bastante ser governador de São Paulo. Não é o meu caso. Eu quero servir e deixar legado. É completamente diferente".

Leia também - Suplente de Sérgio Moro recebeu R$ 1 milhão do próprio partido, o União Brasil

De acordo com o relator do caso, desembargador eleitoral José Antonio Encinas Manfré, "apenas um trecho da entrevista fora veiculada pelo requerido nessas mídias sociais com a afirmação (pois trecho do texto ficou truncado) que não seria o caso dele objetivar ser eleito para o cargo de governador do estado de São Paulo".

De acordo com a assessoria de Tarcísio de Freitas, "no trecho publicado, a segunda parte foi retirada, descontextualizando a fala, o que foi constatado pela justiça como notícia falsa".

O R7 ainda não conseguiu localizar Marcos Vinholi. A asessoria do PSDB em São Paulo ainda não respondeu às tentativas de contato.

Uma pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta quinta-feira (1º) mostra que diminuiu a diferença entre Fernando Haddad (PT) e Tarcísio na disputa pelo Governo de São Paulo.

No levantamento divulgado no último dia 18, Haddad tinha 38% das intenções de voto. Agora o petista reúne 35% da preferência do eleitorado, uma perda de 3 pontos percentuais. Na contramão, a intenção de votos em Tarcísio de Freitas subiu de 16% para 21%.

Rodrigo Garcia (PSDB), em terceiro lugar, passou de 11% para 15%. Os dados foram coletados dentro do cenário estimulado — quando os candidatos são apresentados ao eleitor. Confira na lista abaixo:

Pesquisa estimulada (1º turno) – Governo de São Paulo:
- Fernando Haddad (PT): 35% (antes, 38%)
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): 21% (antes, 16%)
- Rodrigo Garcia (PSDB): 15% (antes, 11%)
- Carol Vigliar (Unidade Popular): 2% (antes, 2%)
- Gabriel Colombo (PCB): 1% (antes, 2%)
- Antonio Jorge (Democracia Cristã): 1% (primeira vez na pesquisa)
- Elvis Cezar (PDT): 1% (antes, 1%)
- Vinicius Poit (Novo): 1% (antes, 1%)
- Edson Dorta (PCO): 1% (antes, 1%)
- Altino Júnior (PSTU): 1% (antes, 1%)
- Brancos e nulos: 12% (antes, 17%)
- Não sabe ou não respondeu: 10% (antes, 11%)

No cenário espontâneo — quando o nome dos candidatos não é apontado —, a diferença entre Haddad e Tarcísio é de 4 pontos percentuais.

Pesquisa espontânea (1º turno) – Governo de São Paulo:
- Fernando Haddad (PT): 17%
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): 13%
- Rodrigo Garcia (PSDB): 5%
- Atual governador: 2%
- Candidato do PT: 1%
- Outras respostas: 6%
- Brancos e nulos: 7%
- Não sabe: 50%

Num provável segundo turno entre Haddad e Tarcísio, a pesquisa do Instituto Datafolha mostra o petista com 51% (antes, 53%) e o candidato do Republicanos com 36% (antes, 31%).

Pesquisa estimulada (2º turno) – Governo de São Paulo:
- Fernando Haddad (PT): 51%
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): 36%
- Brancos e nulos: 9%
- Não sabe ou não respondeu: 3%

Na simulação de segundo turno entre Haddad e Garcia, a diferença é de 10 pontos percentuais.

Pesquisa estimulada (2º turno) – Governo de São Paulo:
- Fernando Haddad (PT): 48% (antes, 51%)
- Rodrigo Garcia (PSDB): 38% (antes, 32%)
- Brancos e nulos: 11% (antes, 14%)
- Não sabe ou não respondeu: 3% (antes, 4%)

O levantamento do Instituto Datafolha — encomendado pela Globo e pelo jornal Folha de S.Paulo — ouviu 1.808 eleitores entre 30 de agosto e 1º de setembro em 74 municípios paulistas.

Com margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e nível de confiança de 95%, a pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número SP-04954/2022.