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17.08.2018 | 18h57

Raquel Dodge dá parecer contrário à soltura de irmãos Taques e Savi

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A Procuradora-Geral da República (PGR) Raquel Dodge deu parecer contrário, nesta sexta-feira (17), ao pedido para que a liberdade concedida ao empresário Valter José Kobori seja extensiva ao deputado estadual Mauro Savi (DEM), ao ex-secretário Paulo Taques e ao advogado Pedro Jorge Taques. O parecer foi destinado à ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, responsável por analisar o pedido.

José Cruz/Agência Brasil

Procuradora Raquel Dodge

Todos foram presos em 9 de maio durante a Operação Bônus, 2ª fase da Operação Bereré, pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco-Criminal). Todos são acusados de integrar o esquema de desvios de recursos operado no Departamento de Trânsito (Detran-MT).

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No pedido de extensão, a defesa dos três acusados aponta que o ministro do STF, Dias Toffoli, concedeu a soltura de Kobori em 26 de julho sob a alegação de que as acusações não justificam, por si só, a decretação da prisão cautelar.  Desse modo, entende pela legalidade da extensão da soltura do trio uma vez que, assim como Kobori, os três tiveram prisão decretada pelo desembargador do Tribunal de Justiça (TJ), José Zuquim Nogueira, sob as mesmas acusações.

A defesa alega também que a prisão foi decretada apenas com base nos depoimento dos colaboradores da justiça, isolada de demais elementos probatórios, de modo que os proprietários da EIG Mercados, José Ferreira Gonçalves Neto e José Henrique Ferreira Gonçalves, fizeram afirmações “inverídicas” para obterem benefícios do instituto da colaboração premiada.

Por essa razão, a defesa do trio requereu a extensão da liberdade dada a Kobori “notadamente em razão da falta de contemporaneidade entre os fatos supostamente criminosos e a prisão processual decretada pelo TJMT”, diz trecho do pedido.

Ao analisar o caso, a procuradora Raquel Dodge lembrou que já interpôs recurso contra a decisão do STF que determinou a soltura de Kobori por entender que tanto o empresário, quanto o trio, participaram ativamente do esquema, evidenciando o poder e a influência política dos acusados.

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João Vieira

Paulo Taques foi preso em 9 de maio

Conforme as investigações, Kobori foi o responsável por acordar com Paulo Taques a continuidade do esquema no Detran na atual gestão do Governo do Estado (a partir de janeiro de 2015). O pagamento da propina seria feito via escritório de advocacia que Paulo Taques tem em sociedade com seu irmão, Pedro Zamar.

Já o deputado estadual Mauro Savi era considerado o líder da organização criminosa por ter indicado os presidentes do Detran durante os períodos do esquema.

“A participação dos pacientes no engendrado esquema criminoso ocorreu de maneira distinta e individualizada, mesmo quando se constatam as diversas condutas dentro do mesmo núcleo da organização do qual faziam parte: núcleo de liderança (Mauro Luiz Savi e Paulo Cesar Zamar Taques) e núcleo de operação (Pedro Jorge Zamar Taques e José Kobori)”, escreveu.

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Dodge apontou ainda que, em razão da interposição do recurso, é necessário aguardar que os pedidos de extensão sejam apreciados apenas após a reapreciação da decisão do ministro Dias Toffoli, ou após pronunciamento da Turma do STF quanto eventual necessidade de reforma da decisão.

“Assim, requeiro o indeferimento do pedido extensão, ao tempo que ratifico o pedido de reforma sobre a decisão que se pretende ver estendida”, encerrou.

Além da prisão dos 4, também foram presos preventivamente os empresários Roque Anildo Reinheimer e Claudemir Pereira dos Santos, vulgo “Grilo” durante a operação. Todos seguem detidos no Centro de Custódia da Capital com exceção dos empresários Roque e Kobori.

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