imune 29.05.2023 | 07h00
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Khayo Ribeiro / Gazeta Digital
Advogada Marinete Silva, mãe da vereadora carioca Marielle Franco, que foi assassinada a tiros em 2018, elogiou a atuação do Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso (Imune-MT). Em visita a Cuiabá nessa semana, Marinete afirmou que a atuação das membras da instituição é uma referência em luta por direitos no estado.
Fundadora do Instituto Marielle Franco, Marinete veio a Mato Grosso a convite do Imune para comandar uma mesa intitulada "Mães de Vítimas de Violência Política ou Vítimas de Feminicídio". Em entrevista ao , advogada falou sobre a importância de instituições que fomentem discussões sobre direitos da população negra e das mulheres.
"Sempre temos vindo nesses movimentos ligados às pautas das pessoas negras e o Imune tem feito esse trabalho aqui em Mato Grosso. Essas mulheres têm sido referência para o estado", disse. Para Marinete, coletivos que fazem essas discussões são como "sementes" que transformam as regiões nas quais estão inseridos.
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"[Imune] também traz junto outras organizações, como fez agora trazendo o Instituto Marielle Franco. O instituto faz esse trabalho, que além de acolher essas mulheres, traz em seu nome a Marielle. E que vem com tudo que traz a memória, o legado e a semente para a gente crescer", acrescentou.
Imune
Fundado há 20 anos, o Imune é uma organização social que planeja e executa ações de fomento aos direitos da população negra e das mulheres em Mato Grosso. Sede da instituição está localizada dentro do Centro Cultural Casa das Pretas, também na Capital.
Evento Agitando a Resistência Negra, que trouxe Marinete a Mato Grosso, foi realizado em parceria entre o Imune e a Casa das Pretas. Fundadora do instituto, professora Nieta Costa contou à reportagem sobre o aumento dos atendimentos realizados pela organização nos últimos anos e adiantou alguns dos planos para o futuro do grupo.
Ao portal, a presidente contou que desde a fundação o instituto desenvolve diversas ações dentro das comunidades. Contudo, a visibilidade dos projetos aumentou nos últimos anos com a fundação da sede do Centro Cultural Casa das Pretas.
Com o espaço físico, a atuação do instituto passou a atrair mais atenção e extravasou as bolhas nas quais estava inserido. Porém, conforme adianta Nieta, os atendimentos devem ser ainda mais potencializados nos próximos anos. Para isso, a presidente espera um crescimento no diálogo com o setor público.
"A gente precisa aumentar esses atendimentos não é por nós, é por conta da realidade. Nós temos 33 milhões de brasileiros em vulnerabilidade alimentar. Em Mato Grosso, estamos indo para 64% de negros e afrodescendentes. Então, a gente precisa de políticas públicas", disse.
"Nesse sentido, para garantir os atendimentos, o instituto quer chamar para diálogo os órgãos públicos para que se efetivem as nossas pautas. As pautas da comunidade negra têm sido alicerçadas por um processo de exclusão contínuo e permanente por parte do Estado", acrescentou.
Para conhecer mais sobre o Imune e o Centro Cultural Casa das Pretas, acesse os perfis das instituições no Instagram destacados abaixo:
Imune
Centro Cultural Casa das Pretas
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Soja Disponível
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1,06%
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